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91% das indústrias foram atingidas pela escassez de recursos, evidenciando a importância da circularidade

A melhoria da circularidade está intimamente ligada à eficiência energética, estando a energia no topo da lista das maiores fontes de resíduos

Um novo relatório da ABB Motion, intitulado “Circularity: No Time to Waste” (traduzindo, “Circularidade: Não há tempo a perder”), revela que 91% das empresas industriais estão sentindo os efeitos da escassez de recursos, o que levou dois terços a aumentar o seu investimento em iniciativas de circularidade para os próximos três anos.

As matérias-primas (37%) são vistas como o recurso mais escasso, seguidas pela energia (34%), mão de obra (32%) e componentes eletrônicos (26%). Esta escassez de recursos levou ao aumento dos custos para 37% das empresas, bem como à interrupção da cadeia de abastecimento para 27% e à redução da capacidade de produção para 25%. Apesar de a energia ser classificada como o recurso mais escasso, dois quintos indicaram esse item como a sua maior fonte de resíduos. Isto realça uma necessidade urgente de maior eficiência energética em toda a indústria, algo que a Agência Internacional de Energia (AIE) afirma que será uma alavanca crítica para atingir as metas do Net Zero.

A pesquisa global, realizada pela Sapio Research em outubro de 2023, reuniu respostas de 3.304 tomadores de decisão do segmento industrial em 12 países, incluindo EUA, China, Índia, Reino Unido, Suécia, Alemanha e França. Os entrevistados representaram diversos setores, como energia, metalurgia, produtos químicos, petróleo e gás, marine, mineração e concessionárias.

Embora exista otimismo quanto ao investimento na circularidade, a pesquisa também identificou obstáculos para um progresso imediato. Por exemplo, nenhuma definição única de “circularidade” foi aceita pela maioria dos respondentes. Além disso, apenas 8% consideram a circularidade uma responsabilidade de toda a empresa, mas este grupo registrou o mais elevado nível de melhorias nas principais métricas de circularidade, como o consumo de energia, a utilização de materiais reciclados e as emissões de carbono.

A pesquisa também revela que muitas práticas circulares importantes ainda foram adotadas apenas por uma minoria de empresas, incluindo parcerias com empresas de gestão de resíduos (41%), incorporação de tecnologias de eficiência energética (37%) e promoção de princípios circulares na cadeia de abastecimento (32%). De forma encorajadora, 67% utilizam, até certo ponto, materiais reciclados em seus produtos.

O investimento na circularidade já conduziu a benefícios mensuráveis, sendo os mais comuns a redução de resíduos (46%) e melhorias na eficiência energética (45%). Embora algumas empresas expressem preocupação com o investimento inicial necessário, muitas antecipam melhorias a longo prazo na eficiência dos processos e no controle de custos.

A maioria dos entrevistados (78%) concorda que a economia circular incentiva a inovação e impulsiona a competitividade. Também apoiam o aumento das necessidades por regulamentação e elaboração de relatórios (74%) e querem mais apoio governamental para a adoção de práticas empresariais circulares (77%).

Tarak Mehta, presidente da ABB Motion, comentou: “A necessidade urgente de transição para uma economia circular nunca foi tão clara. A forma como vivemos nossas vidas atualmente está esgotando os recursos a um ritmo insustentável, contribuindo para as emissões e as alterações climáticas. Abraçar a circularidade não é apenas essencial para proteger o nosso ambiente, mas também para aumentar a resiliência nos negócios”.

“Esta pesquisa destaca a importância de adotar uma abordagem holística, impondo responsabilidade em todos os níveis da organização e adotando novas tecnologias e colaborações. Embora existam desafios a serem superados, as empresas que adotam plenamente a circularidade obtêm benefícios significativos, desde o controle de custos até à melhoria da reputação. Devemos agir agora, para tornar a circularidade uma norma nas indústrias globais. Não temos mais tempo a perder”.

Para consultar o relatório completo, clique aqui.

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