Nessa segunda-feira, 17, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) voltou a invadir uma fazenda da produtora de celulose Suzano, desta vez em Aracruz (ES). Segundo o MST, a ação envolveu cerca de 200 famílias.
O movimento alegou que a área é de patrimônio do governo do Estado, citando o Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf). Em nota, a Suzano informou que tomou medidas legais para buscar a reintegração de posse das áreas ocupadas e disse esperar que a Justiça confirme a ilegalidade das ações.
Em seguida, nessa terça-feira, 18, a Justiça do Espírito Santo determinou a medida de reintegração de posse da área. “Os requeridos devem interromper o acampamento e retirar eventuais objetos, como barracas, carros e motos, que tenham sido fixados no imóvel, bem como desfazer todas as benfeitorias realizadas, no prazo máximo de 24 horas, a partir da ciência desta decisão”, declarou em decisão o juiz Fabio Massariol.
Além disso, o juiz definiu uma multa de R$ 5 mil para cada hora que os ocupantes continuarem no local que “recairá sobre cada um dos manifestantes”.
Em março, após a desocupação das áreas invadidas na Bahia, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, afirmou que haveria a criação de uma mesa de negociação entre o MST e a Suzano, com objetivo de retomar o diálogo em “clima fraterno”. No entanto, não ocorreu nenhuma reunião posterior entre as partes.