Biotech brasileira realiza pesquisa para produção de celulose em laboratório
O processo de celulose in vitro da Superbac reduziria a necessidade de áreas plantadas e insumos na produção da matéria-prima
A biotech brasileira Superbac tem a meta de revolucionar o mercado de celulose em 10 anos, a partir da produção em laboratório (in vitro) da matéria-prima, permitindo reduzir a necessidade de áreas plantadas e insumos químicos para sua produção. Com isso, a companhia alcançaria uma escala comercial em um dos maiores mercados do país – que é o segundo maior produtor da commodity no mundo.
Nesse sentido, a empresa patenteou por 25 anos seu processo de celulose in vitro na Alemanha – onde fica sua unidade experimental –, o que garantiria proteção comercial dentro da União Europeia e, a partir daí, nos Estados Unidos e demais países desenvolvidos.
A pesquisa feita pela biotech consiste na multiplicação celular em biorreatores que transformam matérias-primas em produtos – como as células-tronco humanas. Enzimas e microrganismos extraem a celulose sem a necessidade do convencional processo industrial químico a partir da extração de eucalipto e pinus. O projeto conta com a parceria da Universidade de Antioquia, na Colômbia, e não tem valores investidos divulgados. A aplicação dos princípios de células-tronco não é novidade, só que este permite uma escala industrial viável.
De acordo com o gerente de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) da Superbac, Celso Santi Jr., ainda que não se tenham estimativas precisas sobre o potencial de redução dos parâmetros de produção em escala, há ganhos óbvios de sustentabilidade.