Celulose se consolida no MS como negócio cada vez mais rentável
No primeiro quadrimestre do ano, o preço da tonelada da celulose subiu 35% na comparação com o mesmo período do ano anterior
Nos primeiros quatro meses do ano, os preços da celulose subiram 35% na comparação com o mesmo período de 2023, passando a custar uma média de US$ 464 por tonelada.
De acordo com a Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul (Fiems), de janeiro a abril de 2024, as duas fábricas de celulose instaladas no estado, Suzano e Eldorado, ambas no município de Três Lagoas, exportaram cerca 1,36 milhão de toneladas da matéria-prima, uma redução de 5% na comparação com o mesmo período do ano anterior.
Apesar da queda nas exportações, o faturamento registrado foi 27% maior, chegando a US$ 631,5 milhões em quatro meses. Desse total, a metade corresponde às vendas feitas para a China – principal destino de exportação brasileira da commodity.
EXPECTATIVAS PARA O SEGUNDO SEMESTRE
A partir do final do próximo mês, com o start-up da nova fábrica de celulose da Suzano em Ribas do Rio Pardo, no Mato Grosso do Sul, as exportações de celulose – em sua maioria vendida em pasta – devem registrar um salto bastante significativo.
Somente o Projeto Cerrado da Suzano, que recebeu investimentos de cerca de R$ 22,2 bilhões, terá capacidade para produzir até 2,55 milhões de toneladas de celulose por ano.
Além disso, em julho os trabalhos de terraplanagem para construção da fábrica de celulose da chilena Arauco devem ser iniciados em Inocência (MS). O novo projeto terá capacidade para produzir 2,5 milhões de toneladas de celulose branqueada por ano e receberá investimentos de aproximadamente R$ 15 bilhões.
Para tanto, serão necessários cerca de 300 mil hectares de eucaliptos, elevando o volume de florestas desse tipo no estado para cerca de 2 milhões de hectares. Grande parte dessas terras antes eram ocupadas pela agricultura e até a pecuária, estão sendo arrendadas por gigantes da celulose.