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Com 1,3 milhão de hectares no MS, florestas de eucalipto devem tomar área da pecuária

Segundo Jaime Verruck, secretário da Semadesc, a substituição de áreas da pecuária para o plantio de eucalipto é um processo natural e positivo, que gera um nível de emprego mais alto

De acordo com Jaime Verruck, secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), a substituição de áreas da pecuária em Mato Grosso do Sul para plantio de florestas de eucalipto é um processo natural e positivo, que tem se intensificado na Região Leste do estado, que já atinge 1,3 milhão de hectares com avanço de mais 200 mil hectares até o final de 2023.

Um exemplo desse processo de mudança na matriz econômica do estado é o município de Inocência (MS), que receberá a multinacional de celulose Arauco e tem observado o crescente arrendamento de áreas que antes eram destinadas à criação de gado e agora são ocupadas por florestas.

Ainda segundo o secretário, a produtora chilena de celulose precisará de 300 mil hectares de florestas para dar início à sua produção. A fábrica da companhia começará a ser construída em 2024 – atualmente o empreendimento está em fase de licenciamento. A Arauco, disse Verruck, está arrendando áreas, além de outras fabricantes de celulose. Para o proprietário de terra, o valor do arrendamento pode chegar a triplicar.

Segundo análise de Verruck, na região há pastagens degradadas, com solo pobre e dificuldades para a sustentação da pecuária nelas. Além disso, ele considera que os empregos surgidos com as florestas de eucalipto têm nível mais alto. No município de Inocência, apenas com florestas, seriam cerca de dois mil empregos. Além da chilena Arauco, em MS há plantio para atender outras empresas da região e até do interior de São Paulo. Estima-se que a Região Leste de MS contará com 3 milhões de hectares para a atividade. “Realmente o eucalipto toma o espaço da pecuária”, comentou Verruck, acrescentando que há algumas situações em que as duas atividades se ajustam em áreas.

Para Verruck, não existe um contexto que permita aumentar a área destinada à pecuária. No entanto, considera que o caminho pode ser a intensificação, com o confinamento de bovinos em áreas menores.

Fonte
Campo Grande News
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