Com resultados recordes, Suzano reverte prejuízo no terceiro trimestre
Além da geração de caixa operacional e Ebitda ajustado recordes, a produtora de celulose reportou lucro líquido de R$ 5,4 bilhões, ante o prejuízo de R$ 962 milhões no ano anterior
A Suzano, maior produtora mundial de celulose de fibra curta, reportou um lucro líquido de R$ 5,4 bilhões no terceiro trimestre, resultado impulsionado pela melhora dos volumes comercializados, bem como a evolução do preço da celulose no cenário mundial. Entre julho e setembro de 2021, a empresa tinha registrado um prejuízo de R$ 962 milhões.
A receita líquida da companhia cresceu 32% na comparação anual, somando R$ 14,2 bilhões. Os aumentos no preço da celulose no primeiro semestre, e sua estabilização em alta, sustentaram os resultados positivos da Suzano, além do maior volume de vendas de fibras, o câmbio favorável às exportações e o preço crescente de papel.
A geração de caixa operacional foi recorde, com uma elevação de 37% ante o mesmo período no ano anterior, para R$ 7,2 bilhões. O Ebitda (resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado da companhia alcançou o recorde de R$ 8,6 bilhões, alta de 36% na comparação anual.
No acumulado de 12 meses, entre outubro de 2021 e setembro de 2022, a geração de caixa operacional somou R$ 20,9 bilhões e o Ebitda ajustado, R$ 26,4 bilhões.
Já a comercialização de celulose totalizou 2,8 milhões de toneladas, alta de 5% na comparação anual, enquanto as vendas de papéis recuaram 2% no mesmo período, para 331 mil toneladas.
“Os números do trimestre refletem o ambiente externo favorável, o aumento do volume de vendas, a alta dos preços e nossos fortes indicadores operacionais”, afirmou o presidente da Suzano, Walter Schalka. “Diante do patamar histórico de geração de caixa, pudemos avançar em nossa agenda estratégica e nas discussões de alocação de capital”, acrescentou o executivo.
INVESTIMENTOS
A produtora de celulose pretende investir R$ 16,1 bilhões durante o ano de 2022, dos quais R$ 11,2 bilhões já foram desembolsados entre janeiro e setembro.
Além disso, a Suzano acaba de lançar um terceiro programa de recompra de ações, após anúncio da aquisição dos ativos de tissue da Kimberly-Clark no Brasil.
Desde o início do ano, a empresa já realizou diversas iniciativas, como a distribuição de R$ 1,8 bilhão em dividendos aos acionistas, investimento na compra de ativos florestais por R$ 2 bilhões, um desembolso de R$ 1,9 em recompra de ações e a continuidade do Projeto Cerrado. Também intensificou as ações ambientais e sociais para o cumprimento de seus Compromissos para renovar a vida, realizou a criação da Suzano Ventures e a construção de uma fábrica de fios têxteis na Finlândia em parceria com a Spinnova.