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Demanda crescente por celulose deve ser encoberta por maior oferta, dizem analistas

Investidores analisam o mercado com certa cautela, enquanto os preços devem seguir uma trajetória de queda

De acordo com analistas do mercado, a demanda por celulose vinda da China deve crescer em até 1,2 milhão de toneladas durante 2023, em razão da diminuição de restrições impostas pela política de Covid Zero e pela retomada do crescimento. No entanto, há, também, previsão da entrada de novas ofertas para o mercado.

Assim, a demanda crescente pode ser encoberta por um crescimento de 3,2 milhões de toneladas no lado da oferta, com novos projetos relevantes – como o MAPA, da Arauco, e Paso de los Toros, da UPM –, capacidades de dissolução de celulose de madeira para celulose de papel, uma vez que os preços foram significativamente corrigidos e reversão de interrupções de produção.

Dessa forma, os especialistas e investidores mantêm certa cautela com o setor. “Continuamos cautelosos com as ações de papel e celulose em 2023, em meio a um maior excesso de oferta do mercado e avaliações pouco atraentes para este ponto do ciclo”, dizem os analistas do Bradesco BBI, liderados por Thiago Lofiego, em relatório.

“Os preços da fibra longa na China subiram em janeiro, mas esperamos que os preços da celulose continuem caindo”, pontua a equipe liderada por Jens Spiess, em publicação do Morgan Stanley. “O movimento levantou questões sobre se os preços da celulose irão reverter sua trajetória de queda e se há uma leitura positiva para a fibra curta. Achamos que a resposta em ambos os casos é não”.

Com isso, os especialistas acreditam que os fabricantes de papel usarão seus estoques, que estão elevados, antes de voltar ao mercado atrás da commodity, por conta da alta dos preços.

“A demanda sazonal silenciosa e a melhoria da logística podem desencadear um ciclo de redução de estoque de curto prazo”, debatem os analistas. “Nossa visão é que os preços líquidos de BHKP [fibra curta] na China atingiram um pico em dezembro e continuarão caindo ao longo de 2023”.

Fonte
InfoMoney
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