Demanda por celulose aumenta na China no primeiro bimestre, aponta Suzano
A demanda em janeiro foi maior que em dezembro e em fevereiro voltou a subir, para níveis próximos dos históricos, segundo o diretor comercial de celulose da Suzano, Leonardo Grimaldi

Conforme a China retoma suas atividades após um longo período de intensos lockdowns em razão da Covid-19, a Suzano tem registrado um avanço na demanda por celulose no país.
“Na China, após o Ano Novo (Lunar), notamos otimismo nos clientes, com confiança em níveis maiores de produção. A demanda em janeiro foi maior que em dezembro e em fevereiro voltou a subir, para níveis próximos dos históricos”, disse o diretor comercial de celulose da Suzano, Leonardo Grimaldi. Para ele, a demanda pela commodity no país deve alcançar níveis mais normalizados nas próximas semanas.
Segundo o executivo, a demanda por celulose na China deve alcançar níveis mais normalizados nas próximas semanas.
De acordo com o presidente da companhia, Walter Schalka, a Suzano deve reduzir o custo de produção este ano, diante de um início de tendência de diminuição nos preços de insumos como produtos químicos e do petróleo, enquanto o custo de madeira “não deve aumentar” em 2023.
“A queda do petróleo gera menor custo de madeira por conta do transporte e a queda dos químicos reduz nosso custo variável. Se continuarem no patamar que estão agora em fevereiro, vamos começar a ver queda gradativa do custo caixa porque já estamos com custos menores do que no final do ano passado”, afirmou Schalka.
O presidente apontou ainda que a falta de disponibilidade de madeira para produção de celulose deve frear os anúncios de novos projetos, e que a situação tem encarecido o custo da matéria-prima no mercado. Segundo Walter, a Suzano não tem sido afetada nesse aspecto.
“A Suzano depende muito pouco de madeira de mercado e tudo que precisa de madeira de mercado ela já contratou”, explicou o executivo. “Para nós, o custo de madeira não deve aumentar em 2023. O raio (de obtenção de madeira) nos médio e longo prazos tem tendência de redução”, acrescentou.