Com quase 100 anos de atividades, a Suzano, referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir do cultivo do eucalipto, tem combinado excelência operacional à capacidade de aproveitar as externalidades da melhor forma possível, mantendo-se firme e duradoura ao longo dos anos.
Em 2021, a companhia obteve o melhor resultado de sua história, conseguindo bater seus próprios recordes de faturamento e lucratividade. O bom resultado, somado aos outros aspectos de sua gestão rendeu à empresa, em 2022, o título de campeã no setor de Papel e Celulose e de Melhor Empresa, segunda a Isto é Dinheiro. Nesse contexto, mantendo a sequência de conquistas, este ano, a Suzano foi novamente eleita a melhor empresa de seu segmento.
De acordo com Marcelo Bacci, diretor-executivo de Finanças, Relações com Investidores e Jurídico da Suzano, essa conquista pode ser atribuída à seguinte combinação de fatores: internos (ótima performance operacional, tanto na produção quanto nas vendas); e externos (preços favoráveis para a celulose, principal produto da companhia).
“Isso se refletiu na melhor geração de caixa em nossa história de 99 anos”, afirmou Bacci. “A geração de caixa é a principal métrica para avaliar o nosso resultado e ela foi realmente extraordinária”, complementou.
Parte desse sucesso também é atribuída à forma como a empresa lidou com os desafios que surgiram nos últimos anos no mercado, entre eles o controle de custos, que em 2021 havia sofrido forte impacto da inflação.
“A pressão inflacionária é menos relevante agora, mas tivemos de fazer ajustes importantes em 2022”, disse Bacci. Durante esse esforço adicional, a empresa se beneficiou da cultura interna, avessa ao desperdício. “A Suzano produz celulose ao menor custo do mercado”, destacou.
Em 2022, a Suzano realizou seu maior programa de investimento desde sua fundação. Apenas no Projeto Cerrado, que aumentará a produção de celulose da companhia em 2,5 milhões de toneladas ao ano, o aporte é de R$ 22,2 bilhões. “Desse total, R$ 18 bilhões são investidos apenas em 2023”, comentou o executivo.
AQUISIÇÕES
Além dos investimentos na nova fábrica de celulose, a Suzano também realizou aquisições importantes dentro da sua estratégia de crescimento que prevê, entre outras coisas, ser autossuficiente na produção de matéria-prima.
A fabricante de celulose adquiriu 200 mil hectares de terras e florestas que já eram operadas pela companhia, mas pertenciam a um investidor. A negociação custou US$ 660 milhões. Atualmente, a companhia faz a gestão de 1,5 milhão de hectares de florestas plantadas, entre terras próprias e arrendadas, além de manter um milhão de hectares de reservas naturais preservadas.
Diversificando os negócios, a Suzano também adquiriu – por US$ 175 milhões – a área de tissue (papéis sanitários) da multinacional Kimberly-Clark no Brasil. “A Suzano entrou no segmento de bens de consumo há seis anos e desde então vem crescendo bastante”, disse Bacci. “Entre os ativos que adquirimos em 2022 está a marca Neve, que complementa nosso portfólio de forma importante e nos leva à posição de liderança no mercado brasileiro de tissue”, completou.
MATERIAIS ALTERNATIVOS
A importância de ampliar os ativos florestais atende à estratégia da Suzano de produzir mais para o mercado de papéis permite o desenvolvimento de novas tecnologias e soluções mais sustentáveis.
“As árvores plantadas podem servir como matéria-prima para coisas que ainda não existem na forma de produtos comerciais. Muito de nossa atividade de pesquisa e desenvolvimento se concentra nas áreas de têxteis, energia e química, em substituição a materiais de origem fóssil”, afirmou Bacci.
O executivo também destacou a parceria da companhia com a startup finlandesa Spinnova, especialista em têxteis sustentáveis, que está criando um tecido a partir da madeira de eucaliptos cultivados de maneira sustentável.
Ainda segundo Bacci, anualmente a empresa investe de R$ 400 a R$ 500 milhões em P&D. “Evidentemente, temos um negócio que já é grande e que precisa ser tocado com eficiência, sem que percamos o foco”, afirmou Bacci. Por isso, parte do empenho da Suzano está em melhorar continuamente a sua eficiência. “Produzimos celulose a um custo que ninguém no mundo tem. Esse é um grande diferencial competitivo”, explicou.
Como fornecedora de produtos de base renovável e biodegradáveis, hoje, a Suzano captura mais carbono do que emite. “Temos a responsabilidade de contribuir com a infraestrutura das comunidades em que atuamos para que elas também possam crescer de maneira sustentável”, afirmou Bacci.
Segundo o executivo, no âmbito social as metas da Suzano são bastante ambiciosas, sendo uma delas a retirada de 200 mil pessoas da linha de pobreza. “Estamos no início desse processo, mas já temos resultados encorajadores”, concluiu.