Ence reverte perdas e registra lucro de 40,8 milhões de euros
Com melhora no preço da celulose e redução de custos, empresa destaca crescimento no Ebitda e avanço no setor de Renováveis
A Ence Energía y Celulosa, produtora espanhola de celulose, anunciou um lucro líquido de 40,8 milhões de euros nos primeiros nove meses de 2024, revertendo as perdas de 28,2 milhões de euros registradas no mesmo período do ano anterior. Esse desempenho positivo foi impulsionado pela valorização do preço da celulose, que atingiu 670,1 euros por tonelada até setembro, uma alta de cerca de 12% em relação a 2023. No entanto, a tendência é de moderação nos preços na China e na Europa.
O custo por tonelada também apresentou um resultado favorável, reduzindo-se 12,5% e atingindo 483,4 euros nos primeiros nove meses do ano. O Ebitda consolidado da Ence mais que dobrou, chegando a 152,5 milhões de euros, em comparação com 63,7 milhões no mesmo período de 2023. O negócio de Celulose reportou um Ebitda de 131,8 milhões de euros, quase cinco vezes superior ao registrado no ano anterior.
No setor de Renováveis, a empresa destacou um aumento de 114,8% no Ebitda interanual do terceiro trimestre, somando 9,4 milhões de euros. Esse crescimento foi impulsionado por uma recuperação no volume de geração, menor custo operacional e melhoria no preço médio de venda.
PROJETO SUSTENTÁVEL E DIVIDENDO ANTECIPADO
A biofábrica de Pontevedra, na Espanha, registrou um aumento de 4,6% na produção de celulose nos primeiros nove meses de 2024, totalizando 741.114 toneladas. No terceiro trimestre, a produção subiu 7,5%, chegando a 248.180 toneladas, graças ao projeto de recirculação de efluentes que permitiu operações ininterruptas durante o verão, compensando o impacto da manutenção anual.
A Ence também anunciou a distribuição de um segundo dividendo antecipado de 0,033 euros por ação, com pagamento em 7 de novembro. Em agosto, os acionistas já haviam recebido um primeiro dividendo de 26 milhões de euros, totalizando uma rentabilidade de 5% no período.
Outro destaque foi o refinanciamento da dívida da Magnon Green Energy, subsidiária de energia renovável da Ence, em 190 milhões de euros. O acordo inclui um empréstimo sindicado de 170 milhões e uma linha de crédito rotativo de 20 milhões, com vencimento estendido até 2032.
