Exportação de papel e celulose cresce 21% no Paraná
A Klabin é a principal empresa do segmento atuando no estado, e sua recente expansão, após R$ 12,9 bilhões de investimentos, ampliou a produção e a exportação
No último ano, a exportação de papel e celulose no Paraná cresceu 21%, alcançando mais de um milhão de toneladas entre janeiro e julho de 2022 – segundo dados da Secretaria Especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais (Secex), o número consolidado é de 1.091.752 toneladas.
Grande impulsionador desse resultado, a Klabin tem investido em ampliação de sua produção no estado. Há um ano, a companhia iniciou uma megaoperação logística para escoamento e exportação da produção do Projeto Puma II, via porto de Paranaguá. O investimento foi de mais de R$ 300 milhões no Terminal Ferroviário de Ortigueira, que conecta a Unidade Puma ao porto, transportando 125 mil toneladas de celulose e papel em contêineres por mês.
Hoje, o Paraná é o 5º maior estado exportador de papel e celulose do país. A Klabin é a principal empresa do segmento atuando no estado, e sua recente expansão, após R$ 12,9 bilhões de investimentos, ampliou a produção e a exportação em 2021, e já representa 6% do total de cargas de papel e celulose embarcadas na região em 2022.
Para viabilizar as exportações desse volume de produção maior, a logística precisa ser robusta, por isso a companhia desenvolveu o projeto KBT, que une o Puma II até o porto de Paranaguá utilizando uma logística intermodal, com infraestrutura construída sob medida. Além disso, o projeto também contempla um pátio de contêineres ao lado da fábrica em Ortigueira.
RESULTADOS DA MULTIMODALIDADE
Durante o primeiro ano de operação, a projeto KBT movimentou 16.237 contêineres para exportação, e, ao mesmo tempo, houve um aumento de 40% no transporte de cargas por ferrovia no Paraná.
De acordo com Roberto Bisogni, diretor de Planejamento Operacional e Logística da Klabin, “O Projeto Puma II ainda está em ramp-up (rampa de crescimento) de produção”.
Segundo Andrea Ramos, diretora Comercial da Brado, empresa parceira da Klabin na operação logística ferroviária, os números demonstram o potencial e a eficiência da solução multimodal implementada. “É uma operação robusta, eficiente e segura. A estrutura do terminal com integração direta com a ferrovia viabilizou uma logística mais sustentável, tanto em relação a capacidade de transporte, quanto na redução do consumo de combustível e consequentemente na emissão de poluentes”, afirmou a executiva.
Conforme a ferramenta Greenlog, desenvolvida pela empresa para calcular os valores mensais e totais de emissões evitadas de gás carbônico utilizando a multimodalidade, considerando o volume da carga e a distância percorrida, o projeto KBT representou uma redução de 14.491 toneladas de CO2. Segundo dados da plataforma, para absorver toda quantidade de CO2 evitadas seriam necessárias 103.464 mil árvores, e o volume que deixou de ser emitido corresponde a emissão anual de mais de 3.130 carros.
LOGÍSTICA DOS TERMINAIS
O projeto KBT possui capacidade estática para 2.500 contêineres, tendo movimentado 16.237 desde a sua abertura. Em 2022, 89% do volume do projeto foi transportado via ferrovia. Na ponta portuária, os investimentos para manter a operação rodando são grandes.
Segundo Mateus Campagnaro, gerente de Marketing e Logística da TCP – Terminal de Contêineres de Paranaguá (empresa parceira da Klabin na movimentação de contêineres), além da empresa utilizar sua expertise e mão de obra operacional no pátio em Ortigueira, também fazem toda a armazenagem e movimentação no porto, desde a descarga do trem até o embarque nos navios. “O aumento de volume de celulose e papel exige infraestrutura de ponta, e a TCP está preparada para atender a demanda”, declarou o executivo.
Roberto Bisogni acrescentou: “A logística do comércio exterior tem imposto desafios enormes para os exportadores. Poder contar com a expertise e confiabilidade que a Brado e TCP oferecem é parte fundamental para suportar o novo ciclo de expansão pelo qual estamos passando, especialmente no Paraná”.