Fabricação de celulose cresce 10,4% entre janeiro e setembro
O crescimento do setor tem relação com a tendência dos consumidores de buscarem produtos sustentáveis, que está cada vez mais forte
Segundo dados do Boletim Cenários Ibá, a fabricação de celulose no país cresceu 10,4% entre janeiro e setembro de 2022 na comparação anual, enquanto outros papéis – dentre eles os papéis para fins sanitários e para embalagens – avançaram 3,6% no mesmo período.
O crescimento do setor tem relação com a tendência dos consumidores de buscarem produtos sustentáveis, que está cada vez mais forte e também impulsionou a busca por produtos de origem renovável, biodegradáveis, recicláveis e com rastreabilidade.
Nesse sentido, também foi possível identificar forte alta nas exportações de celulose, que alcançaram 14,2 milhões de toneladas comercializadas internacionalmente, com crescimento de 23,1%. Essas exportações trouxeram divisas de US$6,1 bilhões para o país, um dos fatores que impulsionou o saldo da balança comercial do setor a totalizar US$7,8 bilhões – alta de 37,9%.
“É importante analisar estes números relacionando com o movimento global em busca de uma economia verde. Estamos caminhando para a finalização da COP27, em que uma das discussões é a busca por soluções que auxiliem o mundo na rota da descarbonização. Os consumidores, especialmente os mais jovens, já estão demandando produtos sustentáveis e rastreáveis e, por isso, o setor de árvores cultivadas se mostra uma opção para o presente e para o futuro”, comentou Paulo Hartung, presidente executivo da Ibá.
“Estes resultados dos anos de trabalho e planejamento das companhias de base florestal, que souberam ler esta tendência e já disponibilizam alternativas a itens de origem fóssil. Mas o setor não vai parar por aí. A celulose solúvel, nanocelulose e a lignina estão possibilitando com que o setor seja uma opção de matéria-prima ambientalmente amigável a outras indústrias como cosmética, alimentícia, automotiva, entre outras”, completou o executivo.
Entre os países que mais compraram celulose brasileira, a China segue na dianteira, com a aquisição de US$ 2,3 bilhões do produto.