Segundo Carlos Aníbal, diretor de operações Florestais da Suzano, em meio a um cenário de muitos desafios para as indústrias que utilizam madeira como matéria-prima no Brasil – pois há grande disparidade entre a oferta de eucalipto e a demanda no país –, a companhia conseguiu se antecipar às adversidades.
De acordo com Aníbal, entre 2018 e 2021, a área plantada de eucalipto no Brasil cresceu 10% e chegou a 7,5 milhões de hectares, enquanto o consumo de madeira registrou crescimento de 26%, para 174 milhões de metros cúbicos. Assim, a restrição da oferta, tem elevado os preços das terras e da matéria-prima.
“Temos nos antecipado a isso, com mais arrendamentos, a preços mais baixos, comprando mais terras e plantado mais”, disse Aníbal durante o Suzano Day. “Nos preparamos para enfrentar essa situação desafiadora do lado da madeira, mas não apenas plantando. Buscamos mais produtividade”, complementou.
Conforme o executivo, na fábrica de Imperatriz (MA), esse ganho de produtividade chegará a 92% em sete anos até 2023. Estima-se que até 2024, com o início da operação do Projeto Cerrado, a nova fábrica de celulose da companhia em Ribas do Rio Pardo (MS), a área plantada de eucalipto da Suzano chegará a 1,7 milhão de hectares. Em 2020, essa mesma área correspondia a 1,37 milhão de hectares.
Em sua apresentação no Suzano Day, Walter Schalka, presidente da Suzano, destacou que, no último trimestre, a companhia realizou um dos maiores investimentos de sua história, no valor R$ 4,4 bilhões. “É indiscutível que fizemos muito em alocação de capital nos últimos anos. Mas ainda não é suficiente para justificar o futuro, temos de operar melhor”, afirmou.