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Governo de SP reage às queimadas históricas com investimentos no reflorestamento do estado

Após queimadas atingirem 48 municípios e cerca de 2,7 milhões de pessoas, o governo de SP está investindo em programas como “SP Carbono Zero” e “Refloresta”

O estado de São Paulo enfrenta uma situação crítica devido às queimadas que atingiram diversas regiões do interior. Com início na última sexta-feira, 23, o fogo causou a morte de duas pessoas e obrigou mais de 800 moradores a deixarem suas casas. Com uma população total de 1,55 milhão de pessoas, 48 municípios estão em alerta máximo, segundo o governo estadual. Entre eles, destacam-se cidades como Piracicaba, Jaú e Bebedouro. Além disso, 45 municípios foram declarados em emergência, o que eleva para 2,7 milhões o número de habitantes afetados.

Em resposta, o governador do estado, Tarcísio de Freitas, anunciou medidas de socorro e prevenção. Uma das iniciativas é a liberação de R$ 100 milhões em crédito subsidiado para pequenos produtores rurais, com carência de dois anos e sem juros. “A ideia é colocar hoje condições para liberar o dinheiro o mais rápido possível”, afirmou. Além disso, Tarcísio destacou que, após esforços conjuntos, não há mais focos ativos de incêndio no estado.

Como parte das ações de prevenção, o governo implementará a criação de aceiros – faixas de terra desmatada para conter o avanço do fogo – em áreas sensíveis como usinas e unidades de conservação. “Estamos mobilizando o Corpo de Bombeiros e dotando de equipamentos para fazer o resfriamento de determinadas áreas e a construção de aceiros perto de áreas industriais, usinas, residenciais e nas unidades de conservação”, explicou o governador. Além disso, programas como “SP Carbono Zero” e “Refloresta” receberão investimentos para ampliar o reflorestamento e a recuperação de mananciais.

Diante das suspeitas de incêndios criminosos, três pessoas foram presas em São José do Rio Preto, Batatais e Porto Ferreira. “São pessoas que portavam gasolina e estavam realmente ateando fogo de forma criminosa”, explicou o governador.

Marina Silva, ministra do Meio Ambiente, comparou a situação ao “Dia do Fogo” de 2019 e destacou a anormalidade do ocorrido. “Tem uma situação atípica [em incêndios em São Paulo]. Você começa a ter em uma semana, praticamente em dois dias, vários municípios queimando ao mesmo tempo. Isso não faz parte da nossa experiência”, afirmou.

Embora o governo estadual atribua o alastramento das chamas à combinação de estiagem, altas temperaturas e ventos fortes, a Polícia Federal foi acionada para investigar as causas dos incêndios.

Fonte
Valor Econômico
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