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Governo e BNDES se reúnem para discutir crise da Jari Celulose

A empresa passa por uma crise que antecede a pandemia, com a possibilidade de falência total; os salários de funcionários estão atrasados há oito meses

Cerca de quatro mil trabalhadores estão com seus empregos ameaçados no Vale do Jari, no sul do Amapá, com a possibilidade de falência total da empresa Jari Celulose.

Na última semana, foi realizado um encontro de representantes do governo do Amapá e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) preocupados com a crise da companhia. Participaram o presidente do BNDES, Aloíso Mercadante, o governador Clécio Luís (SD), os prefeitos Márcio Serrão (Jari), Ary Duarte (Vitória do Jari) e Maria Lúcia (Almeirim), com a mediação do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP). Também participou do encontro Mauro Santos, responsável pela recuperação judicial da Jari e a presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Amapá (Alap), Alinny Serrão (UB).

A fábrica funciona no limite entre os municípios de Almeirim (PA) e Laranjal do Jari (AP), e também gera empregos na vizinha Vitória do Jari (AP). Contudo, a Jari Celulose passa por uma crise que se arrasta desde antes da pandemia, com salários atrasados há pelo menos oito meses. Conforme o senador Rodrigues, o atraso de salários atinge direta e indiretamente cerca de 120 mil habitantes da região.

“A presença de representantes das três esferas de governo na reunião dá noção da importância do tema para a região e para o Brasil inteiro, dada a posição estratégia do nosso Estado no país e para o tema do desenvolvimento sustentável. Estou certo de que encontraremos uma solução”, declarou Randolfe.

O BNDES é o principal credor da fábrica e, segundo o presidente, a assessoria técnica do banco sabe da situação, e vem pensando alternativas dentro dos limites da legislação.

“O BNDES tem o maior interesse possível em que a fábrica da Jari Celulose não vá à falência e está convencido da importância da continuidade do projeto na região. Estamos aguardando uma análise técnica que deve trazer a avaliação sobre a viabilidade das operações da empresa”, afirmou Mercadante.

O executivo afirmou, ainda, que também é necessário o interesse de outros credores da empresa para uma possível renegociação de dívidas.

Fonte
Diário do Amapá
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Um Comentário

  1. Infelizmente é uma realidade na Jari, a única empresa hoje no Brasil que tem condições de fazer algo seria a Klabin, a curto prazo outras empresas até poderiam se apresentar e saquearem mais a empresa e a região, somente a Klabin teria condições de fazer o projeto Jari crescer e dar lucros e dividendos para todos. Algo precisa ser feito e rápido, existe muito valor na região e o abandono local não faz bem a ninguém, mesmo àqueles que estão aproveitando dessa situação.

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