Celulose no BrasilNotícias

IFC aprova empréstimo de US$ 725 milhões à Suzano

Com o aporte, a empresa vai apoiar o desenvolvimento do Projeto Cerrado, que compreende a construção de uma nova fábrica de celulose em Ribas do Rio Pardo

Na última semana, o International Finance Corporation (IFC), braço do Banco Mundial voltado para o setor privado nos países em desenvolvimento, confirmou uma operação de financiamento para a Suzano. O montante de até US$ 725 milhões será direcionado para o Projeto Cerrado, que compreende a construção de uma nova fábrica de celulose em Ribas do Rio Pardo.

O empréstimo será dividido em duas partes, sendo um investimento de até US$ 250 milhões provenientes de recursos próprios do IFC, enquanto até US$ 475 milhões serão por conta dos participantes, ou seja, com recursos de outras fontes de financiamento.

“Em um mundo real de crescentes desafios, as equipes envolvidas lograram conciliar as dimensões sociais, climáticas e econômicas em um projeto que promove o uso sustentável de nossos recursos naturais”, observou Erivaldo Gomes, diretor executivo do Brasil no Banco Mundial.

Com os financiamentos, a Suzano pretende apoiar a construção na nova fábrica com capacidade de 2,55 milhões de toneladas por ano, desenvolver o plantio de florestas certificadas relacionadas, e a instalação de uma planta de cogeração de energia renovável com capacidade para atender as necessidades energéticas da fábrica de celulose e exportar 180 megawatts (MW) para a rede.

A companhia pretende que a nova unidade seja totalmente livre de combustíveis fósseis, tornando-se a primeira a alcançar a meta na América Latina e Caribe. Além disso, segundo responsáveis pelo projeto, a base florestal resultará em cerca de 278 mil hectares de plantações de eucalipto gerenciadas e certificadas de forma sustentável, com mais de 100 mil hectares de mata nativa adicionais sob proteção.

Contudo, antes da reunião do IFC, um grupo de mais de 40 ONG’s solicitou à agência do Banco Mundial que vetassem o empréstimo, com a alegação de que o projeto teria impactos socioambientais com sua atuação no Cerrado, “bioma que pode estar próximo do colapso”.

O IFC, no entanto, seguiu com o financiamento. De acordo com informações fornecidas em Washington, uma avaliação climática do projeto confirma que 100% da receita será usada para apoiar atividades de financiamento climático elegíveis, incluindo sequestro de carbono de plantações administradas de forma sustentável e geração de energia renovável vendida para a rede através de sua instalação de cogeração.

Ademais, em parceria com a Smithsonian Institution, a Suzano pode incluir um compromisso de serviços de consultoria focado na otimização dos corredores de biodiversidade a serem criados para conectar suas reservas ambientais.

“Projetos como este ajudarão o Brasil a alcançar seus compromissos ambientais nos acordos internacionais”, afirmou o diretor executivo do Brasil no Banco Mundial, ao destacar a aprovação do projeto.

Fonte
Valor Econômico
Mostrar mais

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo