A Irani está avançando no desenvolvimento de projetos de inovação em suas unidades de Minas Gerais, São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, bem como em suas florestas próprias. Após quatro anos de pesquisa, com a construção de protótipos e realização de testes, a empresa protocolou, no final de 2022, um pedido de registro no Sistema Internacional de Patentes (PCT) de um resinador mecânico inédito no Brasil e no mundo.
Desenvolvido especialmente para a extração de resina dos pinus nas florestas da companhia nos municípios de Balneário Pinhal e São José do Norte (RS), o equipamento é resultado de um desafio de inovação aberta lançado pela empresa para a mecanização do processo de extração da goma resina. O produto resultante foi feito em parceria com a startup Real World Agronomy.
“A tecnologia embarcada trouxe diferentes benefícios, entre os quais melhorar a ergonomia da atividade e reduzir o esforço físico dos colaboradores que atuam nesta função. Testamos vários formatos, validamos em campo com testes, tanto na Irani quanto na Real World, com diversas evoluções até chegar nesse protótipo”, disse o diretor de Pessoas, Estratégia e Gestão da Irani, Fabiano Oliveira, ao lembrar que buscar a excelência consiste em se reinventar todos os dias em produtos, serviços, processos e gestão.
Segundo Carlos Vasconcelos dos Santos Filho, gerente da Unidade Resina RS, o projeto sempre gerou forte expectativa desde o início. “Não existe nada parecido para a extração da resina de pinus. O principal objetivo da criação da máquina foi melhorar a qualidade do trabalho para os colaboradores, e por consequência, também obtivemos mais produtividade pela padronização do trabalho”, explicou o executivo.
“Esse projeto com a Irani foi muito importante para o crescimento da Real World Agronomy. A conexão da Real World com a Irani representa um marco na área de inovação, principalmente para a nossa empresa que trabalha com o objetivo de mecanizar processos e atividades nos setores agrícolas, florestais, de construção civil e industriais”, disse o diretor-executivo e comercial da Real World Agronomy Projetos de Engenharia, Wilson Henrique Tatto.
Atualmente, 96% da produção da empresa são destinados para a exportação. O equipamento patenteado possibilita um processo de extração da resina com mais rendimento, porque as estrias realizadas nas árvores apresentam alta qualidade.
“A máquina possibilitará que os colaboradores usem menos força para produzir as estrias nos pinus e, além disso, elevar a produtividade média em cerca de 20% na extração da resina. Se feito manualmente, pelo modelo convencional, a produção média atual é de 102g por estria. Com o resinador, os testes mostram que alcançamos 121g por estria”, explicou Carlos Vasconcelos.