Klabin prevê leve queda no preço da celulose no 4º trimestre
Incertezas no mercado chinês e fechamentos de capacidades nos EUA impactam previsões da empresa, enquanto demanda por papel ondulado deve seguir em alta

As incertezas relacionadas aos estoques de celulose na China devem resultar em uma leve redução no preço médio da celulose de fibra curta no quarto trimestre de 2024, em comparação com o trimestre anterior. A previsão foi compartilhada por Cristiano Teixeira, diretor-geral da Klabin, durante uma teleconferência com analistas na última terça-feira, 5.
No que diz respeito à celulose de fibra longa, Teixeira apontou uma instabilidade nos preços, com expectativa de uma leve queda no quarto trimestre, mas projeções de alta para o próximo ano.
A Klabin também se prepara para um cenário de maior demanda no setor de celulose, especialmente com os fechamentos de capacidades previstos para 2025, particularmente nos Estados Unidos. “Estamos atentos e temos nos preparado no Estado de Santa Catarina para futuros investimentos, mas isso não muda nossa trajetória de desalavancagem no momento”, afirmou Teixeira.
No segmento de cartões, a empresa observa um cenário positivo, impulsionado por um momento mais favorável de preços no mercado interno. A divisão de kraftliner, por sua vez, apresenta recuperação, refletindo em melhores volumes de exportação.
Douglas Dalmasi, diretor de embalagens da Klabin, destacou que o mês de outubro foi muito forte para o mercado de papel ondulado, com a demanda superando as expectativas. “Quando o Brasil cresce por renda, o mercado de papel ondulado avança em média 1 ponto percentual acima do PIB”, afirmou Dalmasi, complementando que, com a previsão de um crescimento do PIB de 2,5% em 2025, a Klabin espera crescer alinhada a esse ritmo.