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Klabin tem queda nos lucros, mas receita cresce 15% no segundo trimestre

A redução de R$ 289,2 milhões no lucro da produtora, atribuída ao volume de vendas, preço da celulose e às flutuações cambiais, contrasta com o aumento de 15% na receita

A Klabin, a única produtora dos três tipos de celulose – fibra longa, fibra curta e fluff – no Brasil, reportou uma queda de 55% no lucro líquido atribuído aos acionistas no segundo trimestre, totalizando R$ 289,2 milhões. A desvalorização do real em relação ao dólar afetou negativamente os passivos em moeda estrangeira, embora a empresa tenha apresentado um bom desempenho operacional.

Durante o período de abril a junho, a empresa beneficiou-se de preços elevados para a celulose e de um aumento no volume de vendas. Este crescimento foi impulsionado pela nova máquina de papel cartão (MP 28), uma nova fábrica de caixas de papelão e pela demanda elevada por embalagens. O impacto positivo do câmbio nas exportações também contribuiu para os resultados, enquanto os custos acompanharam a tendência.

Em relação ao último ano, a receita líquida da empresa cresceu 15%, alcançando R$ 4,95 bilhões. O Ebitda (Lucros antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização) trimestral ajustado aumentou 53%, somando R$ 2,05 bilhões, com a margem atingindo 41%, um aumento de 10 pontos percentuais em relação ao mesmo período do ano passado.

No segundo trimestre, a Klabin vendeu 995 mil toneladas de produtos, excluindo madeira, um aumento de 16% em relação ao ano anterior. O mercado doméstico respondeu por 57% das vendas em volume.

Em termos de produtos, as vendas de celulose cresceram 11%, totalizando 371 mil toneladas, enquanto as vendas de papéis avançaram 33%, para 355 mil toneladas, e as de embalagens aumentaram 4%, alcançando 262 mil toneladas. Em receita, a celulose teve um crescimento de 25%, alcançando R$ 1,89 bilhão, devido a preços mais altos da fibra curta, e os papéis aumentaram 23%, totalizando R$ 1,64 bilhão.

A dívida líquida da produtora no final do trimestre foi de R$ 23,8 bilhões, um aumento de 11% em três meses, devido à desvalorização cambial. A alavancagem financeira, medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda em 12 meses, subiu para 3,5 vezes em reais, ainda dentro dos parâmetros da política de endividamento da empresa. Em dólares, o índice caiu de 3,5 vezes para 3,2 vezes. No acumulado do ano, a Klabin investiu R$ 4,3 bilhões em operações industriais, florestais e de expansão, comparado a R$ 5,8 bilhões em 2022.

Fonte
Valor Econômico
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