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Lucro da Klabin cai para R$ 640,9 milhões no segundo trimestre

O segmento de celulose da companhia registrou queda devido aos preços mais baixos da matéria prima e menor volume de vendas

Única produtora dos três diferentes tipos de celulose no Brasil – fibra curta, fibra longa e fluff –, a Klabin registrou lucro líquido de R$ 640,9 milhões no segundo trimestre, com queda de 14,7% na comparação ano a ano. Já o lucro líquido consolidado somou R$ 971 milhões, apresentando estabilidade.

O resultado reflete o impacto negativo de preços mais baixos da celulose e do kraftliner, além do menor volume de vendas. Além disso, durante o período, a companhia realizou paradas para manutenção que reduziram sua produção, contribuindo para o desempenho operacional.

Nesse contexto, entre abril e junho, a receita líquida da empresa chegou a R$ 4,29 bilhões, queda de 15% ante o mesmo período no ano passado e 11% em comparação com o trimestre imediatamente anterior.

Já o resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado ficou em R$ 1,34 bilhão no trimestre, 32% abaixo do apurado um ano antes, com margem Ebitda ajustada de 31%, queda de 8 pontos percentuais.

Durante o trimestre, a Klabin iniciou a operação da segunda fase do Projeto Puma II, em Ortigueira (PR), com capacidade de produção de 460 mil toneladas por ano de papel cartão – e com flexibilidade para kraftliner. Com a conclusão do projeto, os investimentos da companhia caíram 33% no intervalo, para 1,03 bilhão.

RECEITA LÍQUIDA COM CELULOSE CAI 29% NO SEGUNDO TRIMESTRE

De abril a junho, a Klabin registrou receita líquida de R$ 1,27 bilhão no segmento de celulose, uma queda de 29% na comparação anual. O resultado é reflexo dos preços mais baixos da matéria prima em todos os mercados e a redução no volume de vendas, impactado pela parada geral de manutenção na unidade de Ortigueira.

A queda de preços impactou especialmente a celulose de fibra curta, cujos preços começaram a se estabilizar recentemente na China. Nesse segmento a receita líquida caiu 34%, para R$ 772 milhões. Já em fibra longa e fluff – com preços ainda em patamares elevados – a queda registrada foi de 22%, para R$ 497 milhões.

No intervalo o custo caixa de produção de celulose da Klabin alcançou R$ 1.363 por tonelada – sem considerar o impacto de parada para manutenção –, com crescimento de 7% na comparação com o ano anterior. Ainda que os preços de químicos e energéticos tenham sido reduzidos, a companhia segue utilizando um volume maior de madeira de terceiros, refletindo no maior custo com fibras, o equivalente a R$ 822 por tonelada.

Fonte
Valor Econômico
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