Lucro da Suzano cai 96% no primeiro trimestre
A companhia destacou o avanço de sua nova fábrica no balanço trimestral, atingindo 94% de progresso
A Suzano, líder mundial na produção de celulose e grande fabricante de bioprodutos derivados de eucalipto, revelou recentemente os resultados financeiros referentes ao primeiro trimestre deste ano. Ainda sob os efeitos da desvalorização da celulose no ano passado, a companhia registrou queda de 96% no lucro líquido do primeiro trimestre, para R$ 220 milhões. Já a receita líquida teve recuo de 16%, para R$ 9,46 bilhões, com Ebitda ajustado de R$ 4,56, apresentando baixa de 26%.
Um dos principais destaques desse período é o avanço do Projeto Cerrado, o maior investimento já realizado pela empresa. Localizado em Ribas do Rio Pardo, Mato Grosso do Sul, a unidade está prestes a iniciar suas operações, atingindo 94% de progresso físico e sendo projetada para se tornar a maior linha única de produção de celulose do mundo.
Com um investimento total estimado em R$ 22,2 bilhões, sendo R$ 19,1 bilhões já desembolsados até o final de abril, a nova unidade terá capacidade para produzir anualmente 2,55 milhões de toneladas de celulose, matéria-prima essencial para diversos produtos, como papéis sanitários, absorventes, papéis de impressão e escrita, e embalagens.
Apesar dos desafios enfrentados durante a construção da fábrica e da volatilidade dos preços da celulose nos últimos trimestres, a alavancagem da Suzano em dólar encerrou o primeiro trimestre em 3,5 vezes, mantendo-se dentro dos limites estabelecidos pela política da empresa. Walter Schalka, presidente da Suzano, destacou: “Este é um projeto transformacional para a história da Suzano e marca um novo e importante ciclo de criação de valor para a empresa. Com a nova fábrica, a companhia comemora seu centenário ainda mais preparada para crescer e beneficiar seus stakeholders”.
Os resultados do primeiro trimestre de 2024 também refletiram a recuperação dos preços internacionais da celulose e a estabilidade nos custos de produção, em comparação com o trimestre anterior, além dos padrões sazonais de vendas do setor. Quanto à dívida líquida, esta fechou o período em US$ 11,9 bilhões, considerando os desembolsos da Suzano com a distribuição de juros sobre capital próprio (JCP) e a recompra de ações realizadas no trimestre.
O custo caixa de produção de celulose da Suzano, sem interrupções, fechou o trimestre em R$ 812 por tonelada. As vendas de celulose totalizaram 2,4 milhões de toneladas, enquanto as vendas de papéis alcançaram 313 mil toneladas.