Atualmente, a madeira é o terceiro produto de exportação do agronegócio paranaense, com área total plantada superior a 1,1 milhão de hectares e produz, em média, 116,6 m³ por dia. Com mais de 5.680 empresas atuando no segmento, mais de 100 mil pessoas são empregadas pelo setor.
Para preservar todo esse patrimônio, foi instituído, recentemente, o Grupo Técnico de Defesa Florestal (GT-Deflo), que conta com entidades públicas e privadas.
O grupo terá a função de estabelecer diretrizes e ações de controle, monitoramento, prevenção e erradicação de pragas florestais que possam colocar em risco esse segmento de interesse econômico para o estado. Ele foi criado por meio da Resolução Conjunta nº 4 , da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab) e da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar).
“O Paraná tem uma presença muito importante no mundo da madeira, plantamos bastante, cultivamos e colhemos, para transformar em cavaco para energia, madeira bruta serrada que vai para o mundo, laminação, placas MDF e MDP, papel e celulose”, declarou Norberto Ortigara, secretário da Seab. “É preciso preservar esse grande potencial para continuarmos a conquistar do mundo”, acrescentou.
De acordo com um levantamento da Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal (APRE), em 2020 as empresas paranaenses de celulose apresentaram maior participação no segmento no país, com 25,5%. O estado também é responsável por aproximadamente 16,5% dos empregos do setor florestal do Brasil.
Em 2022, com uma grande valorização, os produtos florestais registraram crescimento de 37% no Valor Bruto de Produção (VBP), atingindo R$ 9,4 bilhões, segundo dados preliminares divulgados pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Seab. Já as toras para papel e celulose dobraram de valor e atingiram R$ 1,8 bilhão.
O mercado aquecido tanto internamente quanto no Exterior para toras de serraria e laminação também levou a um aumento de 40% no VBP desses produtos, que somou R$ 5,5 bilhões. No Paraná foram extraídos 28,5 milhões de metros cúbicos dessas toras.
“São números expressivos que demonstram a necessidade de conjugarmos esforços para elevar a proteção e a sanidade das florestas do estado face aos riscos que as pragas podem causar a essa grande riqueza”, afirmou Otamir Cesar Martins, presidente da Adapar.
Além de contar com a Seab, Adapar e Apre, o Grupo Técnico de Defesa Florestal é composto por representantes do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná), Ministério da Agricultura e Pecuária, Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Fundação de Pesquisas Florestais do Paraná (Fupef), Federação da Agricultura do Paraná (Faep) e Universidade Federal do Paraná (UFPR).