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Mapa produtivo de MS é conhecido por “celulose-soja”

As duas commodities assumem o topo da lista dos principais produtos exportados pelo Estado durante o primeiro trimestre deste ano

Mato Grosso do Sul, que já foi conhecido pelo binômio de “boi-soja”, consolidou a troca para “celulose-soja”, devido ao atual cenário de seu mapa produtivo, que foi ganhando força, sobretudo na região Leste do Estado, onde o eucalipto é predominante na rota que liga Campo Grande à cidade de Três Lagoas.

Em retração há pelo menos duas décadas na criação de gado, o Estado que já teve o maior rebanho do Brasil, atualmente ocupa a quinta colocação no ranking nacional. Já a soja, sempre destaque na economia, teve seu plantio intensificado a partir nos anos 70 e hoje em dia é cultivada na maioria dos municípios de Mato Grosso do Sul.

Utilizada como parâmetro para denominar MS pelo binômio “celulose-soja”, a balança comercial de Mato Grosso do Sul – com a safra colhida e negociada – a soja assumiu o topo da lista como principal produto exportado de janeiro a abril, deslocando a celulose, que ocupava a primeira posição há meses.

No primeiro quadrimestre do ano, foram exportadas um total de 2,1 milhões de toneladas de soja, movimentando US$ 1,1 bilhão (mais de 37% de todo o montante das exportações do Estado). Em segundo lugar, vem a celulose com 1,4 milhão de toneladas e US$ 493 milhões, segundo dados divulgados pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc).

 

Para Aldo Barrigosse, administrador e especialista em comércio internacional, Mato Grosso do Sul diversificou sua produção ao longo de 20 anos, mas, como a disponibilidade de terra é a mesma, é comum que algumas atividades econômicas diminuam para o crescimento de outras. A lavoura, por exemplo, permite o cultivo de grãos como soja e milho durante o ano e, apesar de ter mais riscos, acaba substituindo a pecuária.

“Cultivar soja e milho no mesmo espaço acaba trazendo uma rentabilidade maior para o produtor. Apesar de a agricultura ter riscos e investimento mais altos”, afirma o especialista.

“Todos os setores saem fortalecidos e Mato Grosso do Sul é um dos Estados que mais gera emprego em momentos difíceis. Vejo com bons olhos a diversificação. Quanto mais você puder diversificar, mais você está ganhando. É a lógica de nunca colocar todos os ovos numa cesta só. MS tem soja, milho, algodão, pecuária, celulose”, completa.

O Estado que também recebe indústrias gigantes da celulose, como o investimento de R$ 22 bilhões previsto para a nova fábrica de celulose da Suzano, em Ribas do Rio Pardo (MS), o Projeto Cerrado. O município que já foi considera a “Capital do Boi”, atualmente tem como predominante, as plantações de eucalipto.

Fonte
Campo Grande News
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