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Mato Grosso do Sul deve assumir liderança nacional na produção de celulose

O estado deverá superar 10 milhões de toneladas anuais de celulose, ultrapassando os 5,5 milhões produzidos pela Bahia, atual líder nacional

O estado de Mato Grosso do Sul está solidificando sua posição como Vale da Celulose com a chegada de novas capacidades, com projeção de dobrar esse total nos próximos anos. Além das operações da Suzano e Eldorado no estado, a região ainda receberá o start-up do Projeto Cerrado, outra fábrica da Suzano, e o Projeto Sucuriú, primeira fábrica da chilena Arauco no país.

Diante disso, Mato Grosso do Sul deverá superar 10 milhões de toneladas anuais de celulose, ultrapassando os 5,5 milhões produzidos atualmente pelo principal estado produtor de celulose, a Bahia.

Além das novas fábricas, a Bracell, uma das principais produtoras globais de celulose solúvel especial, também está expandindo suas operações no estado. Desde o final de 2021, a empresa investe em áreas de cultivo florestal em duas cidades para sustentar suas unidades fabris em outras regiões do país.

A formação deste cluster de celulose, que inclui algumas das maiores e mais eficientes empresas do setor, está transformando a base econômica do estado, consolidando-o como um centro vital para a indústria de celulose.

A expansão industrial reforça ainda mais a vocação agrícola do estado, impulsionando a silvicultura como um elemento essencial para abastecer as fábricas de celulose. O governador Eduardo Riedel (PSDB) destaca a importância de parcerias sólidas entre o setor público e privado para apoiar esse crescimento econômico, prevendo um aumento importante na oferta de empregos para a população local.

Riedel também enfatiza os esforços do estado na melhoria da infraestrutura, incluindo investimentos em rodovias e ferrovias, para criar um ambiente competitivo e atrativo para novos empreendimentos industriais. Esse desenvolvimento estrutural é fundamental para impulsionar as oportunidades de crescimento e promover o desenvolvimento sustentável a longo prazo.

Com o início das obras de terraplanagem, Carlos Altimiras, CEO da Arauco Brasil, antecipa que a construção da nova fábrica alcançará seu pico, gerando até 12 mil empregos temporários. Este projeto representa um desafio para a empresa chilena em termos de gestão de mão de obra, mas também é uma oportunidade única para impulsionar ainda mais a economia regional.

Em 2022, o Brasil consolidou sua posição como maior produtor e exportador mundial de celulose, registrando um aumento substancial na produção e exportação. Esse crescimento reflete o compromisso do país com práticas industriais sustentáveis, mantendo quase 10 milhões de hectares de áreas florestais destinadas à produção e conservação de florestas nativas.

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