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Megafábricas de celulose impulsionam investimento de R$ 34 bilhões em MS

A atração de empresas de grande porte, como o Projeto Cerrado, da Suzano, e o Projeto Sucuriú, da Arauco, alçará o estado ao status de maior polo mundial de celulose

O setor de celulose deve movimentar, nos próximos anos, investimentos da ordem de R$ 34 bilhões em Mato  Grosso do Sul somente com a construção de duas megafábricas: o Projeto Cerrado, da Suzano, em Ribas do Rio Pardo, e o recém-anunciado Projeto Sucuriú, da chilena Arauco.

A atração de empresas deste porte alçará o estado ao status de maior polo mundial de celulose. Apenas em valores, as obras representam quase o dobro do orçamento anual do estado, que é de R$ 17 bilhões, e irão garantir que o Produto Interno Bruto (PIB) local avance 5%.

Só na parte industrial, o grupo chileno vai investir mais de R$ 15 bilhões em Inocência. Se somado o projeto da base florestal, chega a R$ 20 bilhões – o que significa que serão necessários mais R$ 5 bilhões para plantar 290 mil hectares de floresta.

De acordo com o governador Reinaldo Azambuja, os incentivos concedidos à Arauco são os mesmos que a Eldorado e a Suzano receberam. “Os incentivos são os mesmos que serão direcionados a outros que quiserem vir porque a cadeia produtiva é tratada como um todo no estado. Não criamos uma competição desleal. São atrativos iguais. Sabemos da importância de uma política de atração de empreendimentos com geração de empregos”, acrescentou.

Os empreendimentos devem contribuir fortemente para a geração de emprego e renda – somente a Arauco prevê a abertura de mais de 12 mil vagas apenas na fase de construção da planta em Inocência. “Quando em operação, a fábrica vai gerar mais 550 empregos diretos e indiretos e mais 1.800 na parte florestal. Isso representará 14,3 mil famílias contempladas”, afirmou.

Já o Projeto Cerrado da Suzano, em Ribas do Rio Pardo, orçado em mais de R$ 19 bilhões, está com as obras aceleradas e, atualmente, possui cerca de 4 mil trabalhadores (dados de junho/22). No primeiro semestre de 2023, no pico da obra, serão criados cerca de 10 mil empregos diretos, gerando também milhares de empregos indiretos na região. Quando entrar em operação, a nova fábrica da Suzano terá 3 mil postos de trabalho, entre diretos e indiretos, atendendo as operações industrial e florestal.

A Suzano já possui outras duas fábricas em Três Lagoas, que geram 6 mil postos de trabalho, entre diretos e indiretos, considerando as operações industriais e florestais. Grande aposta da companhia, o Projeto Cerrado deverá ser a maior planta industrial de celulose do mundo, produzindo 2,55 milhões toneladas/ano.

Azambuja destacou que Mato Grosso do Sul vive hoje uma valorização de ativos regionais. “Com este empreendimento da Arauco, serão valorizadas as propriedades rurais, o comércio e toda a atividade econômica na região de Inocência, Cassilândia, Paranaíba Água Clara e Três Lagoas. Todos estes municípios serão impactados positivamente”, argumentou.

O município de Três Lagoas é considerado a capital mundial da celulose, contando com três grandes fábricas já instaladas e em operação: uma da Eldorado Brasil, com capacidade de produção de 1,8 milhão de toneladas de celulose por ano, e duas da Suzano, que produzem 3,25 milhões anuais de toneladas por ano.

Mato Grosso do Sul é o estado que mais exporta a matéria-prima no país, sendo responsável por 27% de toda a celulose comercializada no exterior. Com relação à base florestal, tem atualmente com 1,3 milhão de hectares cultivados. “Só a demanda atual é de 542 mil hectares adicionais. Com o empreendimento da Arauco, este montante deve crescer mais o que nos levará a uma área estimada em breve de 2 milhões de hectares e seremos o primeiro na produção florestal”, disse o secretário estadual de Produção, Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico e Agricultura Familiar (Semagro), Jaime Verruck, ressaltando que o estado gera 26 mil empregos diretos somente com a indústria florestal.

Fonte
Governo MS
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