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Nos próximos oito anos, o estado de Mato Grosso do Sul precisará expandir em 87% a área destinada ao cultivo de eucalipto, com o objetivo de abastecer suas indústrias de celulose com a matéria-prima essencial para a produção de papel e celulose.
Atualmente, o estado conta com 1,605 milhão de hectares de florestas plantadas com eucalipto, e na última semana, inaugurou a quarta e maior fábrica de celulose, localizada em Ribas do Rio Pardo (MS). Esta unidade, que representa um investimento de R$ 22,2 bilhões, é a maior do estado e também a maior do mundo em produção em linha única.
Entretanto, a instalação desta nova indústria não é um caso isolado. Mato Grosso do Sul tem outras três fábricas de celulose programadas para serem instaladas ou ampliadas até 2032, o que aumentará consideravelmente a demanda por madeira. Para suprir essa necessidade, o estado precisará consolidar uma área de 2,7 milhões a 3 milhões de hectares de eucalipto até o final da década.
De acordo com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), a expansão já está em andamento. Até o final de 2025, Mato Grosso do Sul deverá adicionar 500 mil hectares à área de eucalipto, consolidando sua posição como o maior produtor de eucalipto do Brasil, superando o atual líder, Minas Gerais.
Além de reforçar sua liderança nacional, o estado busca se destacar no mercado internacional de celulose. Ele já é o maior exportador de celulose do Brasil, respondendo por 23% das exportações brasileiras do produto. No entanto, cada grande indústria de celulose instalada no estado demanda cerca de 300 mil hectares de florestas de eucalipto para garantir sua produção.
A região de Três Lagoas (MS), onde foi inaugurada a primeira indústria de celulose em 2009, atualmente conhecida como Vale da Celulose, é um dos principais polos do cultivo de eucalipto no estado. Outras regiões, como Camapuã e Santa Rita, estão sendo consideradas promissoras para o cultivo de eucalipto.
A MS-338, que liga Ribas do Rio Pardo (MS) a Camapuã (MS), é um dos principais corredores de expansão da cultura no estado, enquanto a MS-040, que conecta Santa Rita (MS) à capital, Campo Grande (MS), se destaca pela facilidade de escoamento da produção.
O crescimento acelerado da produção de celulose e eucalipto em Mato Grosso do Sul promete colocar o estado como um dos principais players no mercado global de celulose.