MST desocupa áreas invadidas da Suzano
O ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira afirmou que será criada uma mesa de negociação entre o MST e a Suzano, com objetivo de retomar o diálogo em “clima fraterno”
Esta semana, após o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) determinar a reintegração de posse das fazendas da Suzano em Mucuri, Teixeira de Freitas e Caravelas, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) desocupou as áreas produtivas da companhia que foram invadidas.
A invasão aconteceu na madrugada de 27 de fevereiro, porém a reintegração de posse para a fazenda de Mucuri foi determinada já no dia 28 de fevereiro, seguida pela mesma sentença para a fazenda de Teixeira de Freitas no dia 3 de março e, por fim, para Caravelas nessa segunda-feira, 6 de março.
Em nota, a companhia confirmou a liberação das áreas. “Estamos conduzindo uma apuração dos prejuízos causados. A saída dos locais, em cumprimento à decisão da Justiça, ocorreu de forma pacífica e organizada”, acrescentou, em nota.
DIÁLOGO ENTRE SUZANO E MST
Nessa quarta-feira, 8, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira afirmou que será criada uma mesa de negociação entre o MST e a Suzano, com objetivo de retomar o diálogo em “clima fraterno”, suspenso em 2016, a respeito do acordo firmado entre as partes para a destinação de terras da empresa no sul da Bahia para a reforma agrária.
“Criamos uma mesa de negociação e terá a primeira reunião em 16 de março. As partes vão estudar termos do acordo para atualizar”, disse Teixeira. Segundo o ministro, a Suzano reconhece as obrigações assumidas no acordo e vai discutir modos e meios de executá-las.
“Queremos paz no campo, todos os atores querem paz no campo e solução para eventuais conflitos. O respeito ao direito de propriedade será uma tônica”, concluiu Teixeira.