
Na manhã dessa quinta-feira, 13, cerca de mil mulheres do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ocuparam uma área da Suzano em Aracruz (ES). O grupo denuncia os impactos ambientais da monocultura de eucalipto e reivindica o cumprimento de um acordo firmado em 2011, no qual a Suzano e o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) se comprometeram a destinar 22 áreas para assentamentos rurais.
As manifestantes bloquearam um trecho da rodovia ES-445, incendiando pneus e exibindo faixas. Por volta das 6h, agentes de segurança privada da empresa Souza Lima chegaram ao local, mas até o momento não houve ação da Polícia Militar.
CONFLITO DE LONGA DATA
Entre fevereiro e abril de 2023, o movimento ocupou três áreas da empresa no extremo sul da Bahia e outra em Aracruz (ES). As ocupações duraram de oito a 12 dias e foram desfeitas após decisão judicial, que também determinou a criação de um grupo de trabalho com representantes do MST, da Suzano e do Ministério do Desenvolvimento Agrário para tratar do conflito. No entanto, segundo o movimento, nenhuma família foi assentada nos 2,7 milhões de hectares controlados pela empresa no Brasil.
A ocupação atual pressiona para que o acordo de 2011 seja cumprido, o compromisso foi firmado após denúncias sobre danos ambientais causados pela monocultura de eucalipto na região.
Até o momento, a Suzano não se posicionou sobre o assunto.