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Multinacionais chilenas expandem negócios no Brasil

CMPC e Arauco, as duas empresas que lideram o negócio da monocultura florestal no Chile, estão expandindo suas atividades para o território brasileiro

A Arauco anunciou a construção de uma nova fábrica de celulose no Mato Grosso do Sul com investimento de US$ 3 bilhões. No entanto, esta não seria uma migração do Chile, mas, sim, uma busca por benefícios e isenções fiscais, além da colheita mais rápida, em áreas tropicais. O projeto deve entrar em operação em 2028 e permitirá um aumento de 3,6 milhões de toneladas de celulose por ano, para até 7,7 milhões.

Cabe destacar que o investimento anunciado no projeto Mapa (Modernização e Ampliação da Planta Arauco) no Chile é de US$ 2 milhões.

“O Chile continua sendo nosso principal mercado, mas devido ao desenvolvimento da empresa, temos que olhar para frente e ver onde vamos investir os fluxos, onde há bom crescimento, onde há capacidade de industrialização. E o Brasil certamente tem preferência”, afirmou o gerente de Pessoas e Sustentabilidade da Arauco, Charles Kimber.O grupo chileno CMPC já tem 35% de seus investimentos no Brasil, enquanto a Arauco tem 5%. Quanto ao número de plantios, a CMPC tem 139 mil hectares e a Arauco, 211.375 hectares.

Kimber explicou que as taxas de crescimento das monoculturas são mais rápidas para colher. No eucalipto, o ciclo seria em uma média de sete anos, contra 12 anos no Chile. Ele indicou que os pinus são colhidos aos 15 anos no Brasil, contra a média de 24 anos no Chile.

O executivo acrescentou, ainda, que o Brasil “é um país onde há terra, há desenvolvimento de plantações, coisa que não se faz mais no Chile; no Chile não há novas plantações, é apenas reflorestamento”, diz Kimber. “Em algum momento, o setor florestal foi desacreditado. Temos incêndios no Chile, há uma situação de violência em uma parte do sul. Não há incentivos. E esses são investimentos de longo prazo”, completa.

No final de 2021, a CMPC adquiriu os ativos da fábrica de embalagens Iguaçu, além de já ter comprado a fábrica de celulose em Guaíba, no Brasil, e a Melhoramentos Papéis, por US$ 170 milhões de dólares, em 2009, dando origem à fabricante de tissue Softys.

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