Nova fábrica da Suzano exportará excedente de energia para rede
A quantidade é suficiente para abastecer uma cidade com cerca de 2,3 milhões de habitantes por mês
A nova fábrica da Suzano, que segue em construção no município de Ribas do Rio Pardo (MS), tem a meta de ser a mais verde do setor. Para isso, a companhia utilizará a gaseificação da biomassa para substituição de combustível fóssil nos fornos de cal da unidade, um novo marco em ecoeficiência.
Como resultado, a empresa terá um excedente de aproximadamente 180 megawatts médios, energia que será exportada para a rede de abastecimento. A quantidade é suficiente para abastecer uma cidade com cerca de 2,3 milhões de habitantes por mês.
A medida vai ser realizada em parceria com a Hitachi Energy, empresa japonesa que vai projetar e entregar uma solução de conexão à rede para a nova fábrica de celulose da Suzano, permitindo que a energia renovável excedente seja transferida de forma confiável e segura para a rede elétrica. Essa solução é baseada na subestação isolada a gás que oferece excelente desempenho em termos de eficiência e disponibilidade, minimizando o custo total do ciclo e as emissões de CO2.
Nomeada Projeto Cerrado, as obras da nova unidade têm previsão de conclusão no segundo semestre de 2024, e terá capacidade de produzir 2,5 milhões de toneladas de celulose por ano, aumentando em 20% a capacidade total da companhia.
“Este projeto histórico vem para estabelecer uma nova referência na produção sustentável de celulose e compartilha os excedentes de energia sem emissões com a sociedade em geral”, afirmou Niklas Persson, diretor geral do negócio de Grid Integration da Hitachi Energy.
Além disso, os principais elementos da conexão à rede serão equipados com sistemas de monitoramento digital, com a finalidade de fornecer dados de desempenho em tempo real, com intuito permitir uma manutenção preditiva.
“A construção da nova fábrica é o maior investimento na história da Suzano, por isso é vital que a conexão à rede pela qual geramos receita adicional com o excedente de energia opere com níveis excepcionais de confiabilidade e disponibilidade”, disse Mauricio Miranda, diretor de Engenharia da Suzano.