Nova fábrica de insumo químico será construída em Mato Grosso do Sul para atender à Arauco
Peróxidos do Brasil, joint venture entre Solvay e PQM, erguerá sua quarta unidade próxima ao Projeto Sucuriú, fortalecendo sua atuação no Vale da Celulose brasileiro
A Peróxidos do Brasil, joint venture formada pela belga Solvay e pelo grupo brasileiro Produtos Químicos Makay (PQM), anunciou a construção de sua quarta fábrica de peróxido de hidrogênio em Mato Grosso do Sul. O novo empreendimento acompanhará a expansão da indústria de celulose no país e será instalado em uma área contígua à futura fábrica de celulose de eucalipto da Arauco, no município de Inocência.
O valor do investimento não foi divulgado, mas estimativas de mercado indicam que um projeto com capacidade de 25 mil toneladas por ano pode ultrapassar US$ 50 milhões (cerca de R$ 270 milhões). A nova planta terá como principal cliente a Arauco, fornecendo o insumo essencial para o branqueamento da fibra, além de atender a outras indústrias com o excedente.
A fábrica de celulose da Arauco, com investimentos de US$ 4,6 bilhões, terá capacidade para produzir 3,5 milhões de toneladas anuais de fibra branqueada e está prevista para iniciar as operações no segundo semestre de 2027. Já a Peróxidos do Brasil estima concluir sua nova unidade em 2028, após 24 meses de construção. Até lá, o fornecimento à Arauco será feito por meio das demais fábricas da joint venture.
De acordo com o CEO da Peróxidos, Guilherme Faria Silva, “será uma planta com localização estratégica, que reforça a parceria de longo prazo com a Arauco”. Ele destaca que o investimento fortalece a presença da empresa na região conhecida como Vale da Celulose brasileiro, na costa leste de Mato Grosso do Sul.
A indústria de celulose é o principal mercado da companhia, responsável por cerca de 40% de seu faturamento. Atualmente, a Peróxidos do Brasil possui capacidade total de 300 mil toneladas anuais, sendo a principal fornecedora de peróxido de hidrogênio da América do Sul. Sua unidade de Curitiba é a maior do mundo voltada ao fornecimento para terceiros, enquanto as plantas de Imperatriz (MA) e Coronel (Chile) atendem, respectivamente, à Suzano e à crescente demanda na região do Bío-Bío.
Segundo dados da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), o setor florestal deve investir R$ 105 bilhões até 2028, concentrando-se na construção de novas fábricas de celulose. Além da Arauco, projetos relevantes incluem o Projeto Cerrado da Suzano, em Ribas do Rio Pardo (MS), e a futura expansão da Eldorado em Três Lagoas (MS).












