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Paper Excellence contesta restrição do Cade e reafirma projeto de crescimento na Eldorado

A empresa diz que suspensão de direitos políticos é um “imenso equívoco” e reafirma intenção de investir R$ 20 bilhões na ampliação da produção da Eldorado

A Paper Excellence reagiu à decisão do superintendente-geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), Alexandre Barreto de Souza, que suspendeu os direitos políticos da empresa na produtora de celulose Eldorado. Em nota oficial, a companhia classificou a medida como um “imenso equívoco” e informou que tomará todas as providências necessárias para esclarecer e reverter a decisão, que a impede de votar nas assembleias gerais da empresa, entre outras restrições.

“A Paper reitera seu compromisso de, uma vez assumindo o total controle da Eldorado, investir mais R$ 20 bilhões para dobrar a capacidade produtiva da fábrica com a construção de uma segunda linha de produção, que vai gerar empregos e impostos para o país”, diz a nota.

A medida preventiva foi tomada a pedido da Eldorado, controlada pela J&F, e está relacionada a uma investigação sobre possíveis práticas anticompetitivas no mercado de celulose brasileiro. A Paper Excellence contesta a decisão do Cade e alega que não há risco de “lesão irreparável ou de difícil reparação” ao mercado.

A empresa também refutou os argumentos de que sua atuação teria causado “prejuízos de ordem financeira e concorrencial” à Eldorado. Para a empresa, essas alegações são “infundadas e ilógicas”. “Infundado porque usa a premissa de suposto dano à concorrência para pretender interferir nos direitos societários da Paper, em estratégia sem precedentes no direito brasileiro. Ilógico porque pressupõe que uma acionista com 49,41% do capital social e que luta, há seis anos, para ter 100% do capital da Eldorado pudesse atuar para prejudicar a própria companhia”, afirmou a nota.

A disputa pelo controle da Eldorado entre a Paper Excellence e a J&F já dura há mais de seis anos. A Paper adquiriu 100% da Eldorado em 2017, mas o contrato foi judicializado. Atualmente, a Paper detém 49,41% das ações, enquanto a J&F mantém o controle da maioria, com 50,59%.

Fonte
IstoÉ Dinheiro
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