Paracel busca sócio para projeto de celulose avaliado em US$ 4 bilhões
Grupo paraguaio estaria disposto a vender 51% do negócio, e grandes empresas do setor já avaliaram os ativos
A Paracel, empresa paraguaia controlada pelo grupo Zapag, busca um sócio para seu projeto de celulose, que já conta com mais de 100 mil hectares de eucalipto plantados. Segundo fontes da indústria e do mercado financeiro, a Suzano e a Bracell, da Royal Golden Eagle (RGE), de Cingapura, chegaram a avaliar os ativos.
De acordo com pessoas a par das negociações, o grupo paraguaio estaria disposto a vender 51% do negócio. O banco Rabobank, especializado no agronegócio, assessora a operação, mas não comentou o assunto.
O projeto, avaliado em US$ 4 bilhões considerando a indústria, enfrenta desafios para a captação de recursos. Maior acionista da Paracel, o grupo Zapag atua em setores como imobiliário, distribuição de combustíveis, produção de etanol e logística fluvial. Os grupos austríaco Heinzel e sueco Girindus também são sócios da iniciativa.
Inicialmente planejada para produzir tanto celulose kraft de eucalipto quanto celulose solúvel, a fábrica da Paracel, com capacidade projetada de 1,8 milhão de toneladas por ano, terá uma linha totalmente dedicada à celulose kraft, conforme decisão tomada após estudos de engenharia.
A venda de participação na empresa voltou à pauta no último trimestre de 2023, com apoio do governo paraguaio. No entanto, não há garantia de que a operação será concretizada. Segundo uma fonte, potenciais compradores foram abordados, incluindo a Asia Pulp & Paper (APP), do grupo de Jackson Wijaya, dono da Paper Excellence, mas não demonstraram forte interesse.
Nos últimos dias, os rumores no setor ganharam força, indicando que uma grande empresa brasileira já teria decidido adquirir 51% da Paracel. Procuradas, Paracel, Suzano, Bracell e APP não se pronunciaram sobre o assunto.
