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Paraná consolida protagonismo florestal com avanço tecnológico e expansão da silvicultura

Estado alia silvicultura de pinus a tecnologia e conservação ambiental, fortalecendo produção e sustentabilidade

O Paraná se firmou como uma das principais potências florestais do Brasil, e segundo o Departamento de Florestas Plantadas (Deflop), a produção estadual se destaca tanto pelo volume quanto pela diversidade, com destaque para o cultivo de pinus e a produção de erva-mate.

De acordo com o Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-PR), o valor bruto da produção florestal cresceu 207% nos últimos dez anos, consolidando o Paraná como vice-líder nacional. O crescimento é resultado de investimentos em tecnologia, pesquisa genética e mecanização, que vêm transformando o manejo florestal no Estado.

O uso de satélites, drones, colheitas mecanizadas e softwares de análise é cada vez mais comum nas operações, permitindo monitorar pragas, prevenir desmatamento e otimizar recursos.

No campo da conservação ambiental, a Itaipu Binacional mantém 34 mil hectares de áreas protegidas no lado brasileiro do reservatório, com uma faixa de 210 metros de mata ciliar ao longo de 1.345 quilômetros. Diferente dos plantios comerciais, essas áreas têm finalidade ambiental, voltadas à preservação da biodiversidade e à proteção da qualidade da água.

Para gerenciar essas áreas, a hidrelétrica utiliza tecnologias avançadas, como drones e imagens de satélite, ferramentas de geoprocessamento (SIG) e LiDAR (sensoriamento a laser) em fase experimental, para estimar biomassa, crescimento florestal e carbono estocado. O inventário florestal tradicional ainda é realizado em campo, garantindo precisão e calibração dos métodos digitais.

O monitoramento também ajuda na prevenção de pragas, doenças e incêndios, além de tornar as florestas sumidouros de carbono, contribuindo para a mitigação das mudanças climáticas e preservando a estabilidade do sistema hidrelétrico.

Além da conservação, a pesquisa florestal também avança. Projetos em parceria com a Embrapa Florestas e universidades já registraram 358 espécies nativas, quase três vezes mais que o número original de árvores plantadas, e renderam prêmios nacionais, como o reconhecimento do MAPBiomas em 2024. As ações beneficiam comunidades próximas, gerando empregos, fortalecendo viveiros de mudas e promovendo turismo e educação ambiental.

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