A indústria de papel e celulose demanda consumo de energia elétrica em basicamente todas as etapas de operação e é um dos setores que mais contribui para as emissões de gases de efeito estufa no Brasil. Nesse contexto, o investimento em eficiência energética torna-se indispensável para a redução da pegada de carbono e de custos operacionais das empresas que atuam no setor.
De acordo com um levantamento do Programa PotencializEE, ecossistema destinado a impulsionar a eficiência energética nas pequenas e médias empresas do estado de São Paulo, um terço da energia poderia ser economizada, especialmente nas PMEs industriais, com intervenções em processos térmicos.
As soluções apresentadas envolvem medidas para controle de combustão e redução de gases, melhoria no isolamento térmico de caldeiras, reaproveitamento do condensado, recuperação de calor nos gases de combustão, aumento do processo de secagem por meio de transferência de calor, substituição de motores para modelos com maior rendimento, entre outros.
“Na semana marcada pelo Dia Mundial do Meio Ambiente, em especial, quisemos reforçar que o investimento em eficiência energética é fundamental para que pequenas e médias indústrias ganhem competitividade no mercado. Além da economia financeira que uma estratégia de sustentabilidade gera a longo prazo, empresas que apresentam melhores práticas voltadas para redução de emissões são priorizadas entre os investidores”, destaca Marco Schiewe, diretor do PotencializEE.
Segundo cálculos da Agência Internacional de Energia, é previsto que a eficiência energética seja responsável por pelo menos 35% da redução total de CO2 necessária para alcançar as metas estabelecidas pelo Acordo de Paris, cujo objetivo é combater as mudanças climáticas.
SOBRE O PROGRAMA POTENCIALIZEE
O PotencializEE é um programa de Cooperação Brasil-Alemanha para o Desenvolvimento Sustentável, liderado pelo Ministério de Minas e Energia (MME) e coordenado em parceria com a GIZ Brasil, Agência Alemã de Cooperação Internacional. O programa tem como parceiros estratégicos instituições ligadas aos setores de energia, indústria e financeiro.
No âmbito nacional, são parceiros o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC) e EPE (Empresa de Pesquisa Energética). No setor da indústria, também participam do programa a FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), a ABESCO (Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação de Energia), o SENAI (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) e o Procel (Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica).
Entre os parceiros financeiros estão: Desenvolve SP (Banco do Estado de São Paulo) e o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), entre outros bancos privados.
