
Projetos de manejo florestal estão sendo realizados no estado do Mato Grosso, com o objetivo de contribuir com a preservação ambiental. Dentro do estado, cerca de 310 empresas englobam 4,7 milhões de hectares de exploração em conformidades com a lei. Essas áreas são mapeadas e sofrem retiradas menos invasiva, considerando a importância de cada árvore ao logo do tempo.
Ao todo 32 espécies de madeira possuem maior volume comercial, entre elas estão: angelim, cedrinho, garapeira e marupá.
Diogo Paludo, empresário do setor florestal, faz o manejo de uma área com quase 2 mil hectares e explica que nem todas as árvores que estão plantadas no local podem ser retiradas.
“Assumi os negócios da família junto com as minhas irmãs e nos últimos oito anos nós entramos na exploração de manejo florestal. A gente faz o levantamento de todas as árvores que são comercialmente viáveis. Elas são identificadas e separadas em remanescentes, abates e porta sementes. As árvores jovens ficam como remanescentes, as porta sementes ficam para perpetuar novas espécies e as abates são as que serão comercializadas”, disse Paludo.
Antes das negociações da madeira é preciso identificar qual árvore pode ser extraída da floresta por meio de levantamento e documentação dessas árvores.
“Nós fazemos o censo de todo local que vai ser manejado, montamos um processo com documentações da área com licenciamento, depois o processo é encaminhado à Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema) que irá avaliar os documentos, fiscalizar, fazer vistorias para liberar o manejo”, explicou o empresário.
Após as derrubadas, todas as árvores recebem uma plaquinha com uma numeração que precisa ser compatível e estar de acordo com as descritas na ficha de campo detalhada, que contém, inclusive, diâmetro e comprimento da árvore analisada.
Um dos principais critérios a serem considerados para realizar o manejo florestal de forma sustentável é o ciclo. A área da fazenda citada, com 2 mil hectares foi manejada há 25 anos. Essa é a segunda vez que é explorada e as próximas retiradas só devem ser feitas após 25 anos, para gerar o menor impacto possível na floresta.
Atualmente, a produção de madeira nativa no estado do Mato Grosso é explorada em 4,6 milhões de hectares de florestas. No primeiro trimestre de 2023 foram o setor movimentou mais de US$ 31 milhões em exportações de madeira, contribuindo com 5% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil.