
A Eldorado Brasil, produtora de celulose, é Signatária do Pacto Global da Organização das Nações Unidas (ONU) – iniciativa que engaja empresas e organizações na adoção dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e que amplia ainda mais seu compromisso com o uso responsável dos recursos naturais e com o planeta e tem se destacado cada vez mais por suas ações voltadas ao ESG.
Ao Jornal Correio do Estado em parceria com o Sistema Fiems, Elcio Trajano Junior, diretor de Recursos Humanos, Sustentabilidade e Comunicação da companhia, falou sobre como a indústria em que trabalha, adotou práticas que resultam em alta performance produtiva e se destacam no mercado global, aliadas à conduta de respeito ao meio ambiente.
“Cada etapa da produção de celulose precisa estar conectada com o ambiental, por meio de um manejo florestal adequado e do uso responsável dos recursos naturais, com responsabilidade social, com atenção às pautas que impactam nossa comunidade e com governança, por meio de gestão transparente. Essa combinação nos dá condições para executar um trabalho importante para o Brasil e, ao mesmo tempo, garante a perenidade do nosso negócio”, conta Trajano Junior.
Há mais de 10 anos instalada em Mato Grosso do Sul, a Eldorado conta com mais de 260 mil hectares de florestas plantadas no Estado e mais de 116 mil hectares de áreas conservadas, comprovando que sua gestão baseada na Agenda ESG traz resultados que influenciam a empresa, o mercado e a sociedade, como um todo.
SUSTENTABILIDADE ALIADA À TECNOLOGIA
As operações da Eldorado seguem rígidos critérios ambientais para a produção de celulose de qualidade. Um dos maiores resultados obtidos com esse trabalho é o compromisso com a absorção de gases do efeito estufa da atmosfera.
Se comparado o número de emissões de CO² com a remoção do gás a partir das florestas, a empresa tem um saldo acumulado de 12 vezes mais carbono removido do que emitido para o mesmo período – 10 anos – resultado bastante positivo e que ajuda a reforçar o papel das florestas plantadas.
A Eldorado realiza monitoramentos constantes de fauna e flora e já identificou mais de 800 espécies de animais e de plantas em suas florestas, sendo mais de 20 ameaçadas de extinção.
Nessas áreas, os plantios são planejados para que possam conectar fragmentos da vegetação nativa com as áreas de conservação, formando verdadeiros corredores de biodiversidade, que servem de conectividade para o trânsito da fauna local e de propagação de espécies nativas da flora existente.
Em 2022, utilizando alta tecnologia para monitorar focos de incêndios, a Eldorado reduziu em mais de 30% o número de áreas afetadas por queimadas. A companhia também oferece treinamento de brigadista para colaboradores e disponibiliza um canal direto e um treinamento à comunidade, nesses casos em época de seca.
A educação ambiental é um dos compromissos de sustentabilidade da Eldorado, por isso, uma equipe preparada atua em escolas e em assentamentos, participando de atividades em diversas instituições, com informações lúdicas e pedagógicas sobre o cuidado e o respeito ao meio ambiente.
Em sua fábrica, o processo produtivo possui circuitos fechados, que fazem a recuperação dos produtos químicos, devolvendo-os ao processo de produção da celulose. A partir do conceito de economia circular, os principais resíduos gerados são transformados em subprodutos e comercializados posteriormente.
Além disso, a empresa faz uso responsável dos recursos naturais como a água e devolve para o rio cerca de 85% de toda a água captada, em condições ambientais e atendendo à legislação.
ENERGIA VERDE
A Eldorado foi pioneira do desenvolvimento de uma técnica de utilização de 100% da madeira do eucalipto para transformar em biomassa e gerar energia verde. Desde 2021, a Usina Termelétrica (UTE) Onça Pintada, instalada no complexo industrial, gerou 127 mil megawatts por hora (MWh) no primeiro ano de operação e tem capacidade para abastecer uma cidade com 700 mil habitantes.
Para produzir esse tipo de energia, a Eldorado utiliza a biomassa feita a partir da madeira de eucalipto não aproveitada na produção de celulose, o que configura o uso de 100% da matéria-prima – uma inovação no setor de celulose no mundo.
A planta de celulose também é autossuficiente na geração de energia de fontes renováveis para o próprio consumo, e seu excedente pode ser vendido ao mercado. A quantidade produzida de energia excedente vendida é próxima de 50 MWh. O que permite à Eldorado condições para abastecer 1,4 milhão de pessoas com energia limpa e renovável, unindo operações da indústria e da UTE Onça Pintada.
Destacando o impacto econômico regional que possui, mais de 600 empresas são fornecedoras da Eldorado nas mais diversas frentes, sendo mais de 50% delas do MS, o que demonstra o compromisso da empresa em desenvolver renda e empregos na região, atualmente considerada como um dos mais importantes polos de fabricação de celulose no Brasil.
“Manter o país na liderança de produção de celulose é uma grande responsabilidade, e Mato Grosso do Sul, por estar em posição estratégica nesse cenário, requer investimentos cada vez mais alinhados com toda a demanda que o mercado exige. A Eldorado, então, segue tendo a sustentabilidade como um direcionador para suas tomadas de decisão”, destaca o executivo.