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Setor florestal deve investir cerca de R$ 60 bilhões no Brasil até 2028

O levantamento também aponta que o setor é um impulsionador de outros segmentos, gerando emprego e renda

Segundo levantamento feito pela Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), o setor florestal deve investir R$ 60,4 bilhões no país até 2028. O valor inclui o investimento anunciado pela Klabin de R$ 1,6 bilhão para uma nova fábrica de caixas de papelão ondulado.

Outros investimentos previstos são os da Suzano em Mato Grosso do Sul, com o Projeto Cerrado no valor de R$ 19,3 bilhões, e a nova fábrica de tissue no Espírito Santo por R$ 600 milhões, até 2024. Já a Arauco investirá R$ 15 bilhões até 2028 no vale da celulose, como ficou conhecida a região mato-grossense que recebe vários produtores da commodity.

Em Minas Gerais, a LD Celulose, uma das maiores fabricantes de celulose solúvel do mundo, deve investir R$ 5,2 bilhões; enquanto a CMPC, empresa do grupo chileno controlado pela família Matte, no Rio Grande do Sul está investindo R$ 2,75 bilhões no Projeto BioCMPC.

Além disso, de acordo com a Ibá em parceria com o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE), o setor gerou 2,8 milhões de empregos e R$ 122,7 bilhões em renda em 2020 (último dado disponível). Foram considerados os empregos diretos (atividades dos segmentos representados pela Ibá), indiretos (fornecedores e clientes imediatos) e induzidos (gastos realizados por todos os agentes que se beneficiam dos efeitos diretos e indiretos).

O valor da geração de renda equivale a 28% do PIB da agropecuária e a 1,9% do PIB total brasileiro.

EFEITOS ECONÔMICOS

“O trabalho com os dois pés fincados na bioeconomia vai além dos benefícios ambientais e os dados do estudo comprovam isso. Para cada R$ 1 milhão produzido pelo setor de árvores cultivadas brasileiro, é gerado R$ 1 milhão em renda indireta ou induzida”, afirma o embaixador José Carlos da Fonseca Jr., diretor executivo da Ibá.

Para o Instituto, é possível notar que o comércio por atacado e varejo é o segmento que concentra a maior parcela dos efeitos totais em termos de produção indireta e induzida a partir das atividades das associadas da indústria florestal. Somente esta vertente teve produção equivalente a R$ 44,3 bilhões em áreas afastadas dos grandes centros, onde o setor atua.

O levantamento aponta que em pelo menos 60 segmentos é possível identificar um efeito direto na geração de negócios devido à presença de empresas de base florestal, que segue impulsionando diversas áreas a partir de sua atuação. 

Fonte
Estadão
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