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“Sustentabilidade e sustentação financeira têm que andar juntas”, diz executivo da Cenibra

Em entrevista exclusiva ao Portal Celulose, Sandro Morais Santos, assessor de Sustentabilidade da empresa, contou detalhes do plano estratégico BioSustentação

Há 50 anos no mercado de celulose, a Celulose Nipo-Brasileira S/A, ou Cenibra, produz anualmente 1,2 milhão de toneladas de celulose, por meio de seus 130 mil hectares de florestas plantadas. Com intuito de atualizar a visão da companhia em relação ao seu planejamento estratégico de curto, médio e longo prazo, recentemente foi lançado o BioSustentação.

Em entrevista exclusiva ao Portal Celulose, Sandro Morais Santos, assessor de Sustentabilidade da empresa, explicou que o BioSustentação é a “criação de um ambiente em que o público consegue entender quais são as ações, as estratégias da empresa, tanto no aspecto social quanto ambiental”. Para o executivo, se trata do fortalecimento do que já é praticado na Cenibra.

Sandro ainda ressalta que a companhia, em sua visão ambiental, segue a estratégia de aquisição de terras degradadas, promovendo a recuperação dessas áreas compondo tanto a plantação de eucalipto quanto a de mata nativa. Nesse sentido, localizada em região de Mata Atlântica, em Minas Gerais, a Cenibra ainda colabora com a biodiversidade local.

“Hoje, nós temos ações voltadas à formação de corredores ecológicos e implantação de técnicas para poder desobstruir o solo – para quando a água não consegue infiltrar no solo. Fizemos um projeto para ensinar essa técnica às comunidades, de maneira que elas possam inserir isso como uma prática usual, de maneira que sua produtividade aumente e que a água, ao invés de escorrer rapidamente para o rio e em direção ao mar, fique retida na terra, gerando descompactação e também aumento da produtividade”, conta Santos.

Além disso, como ressalta o assessor, o BioSustentação destaca como a empresa se garante na parte da governança, compreendendo também sua gestão financeira. “Se você não tiver uma sustentação financeira, nada acontece. A gente percebe também que se não tiver sustentabilidade, não tem resultado financeiro. Na prática, os dois têm que andar juntos”, frisou Sandro.

“Se você tem uma vinculação dos temas de biodiversidade, mudanças climáticas e temas sociais, mostrando para o mercado financeiro que há uma sustentação financeira compondo resultado produtivo ou resultado da demanda ESG, você garante sustentabilidade de modo geral”, acrescentou Santos. Diante disso, o BioSustentação compreende as dimensões ESG da empresa, bem como a econômica e a de inovação em seu plano estratégico.

Abrangendo tanto a esfera econômica quanto social, a empresa ainda possui um programa de fomento florestal, que colabora para o enfrentamento da oferta apertada de madeira enfrentada no setor.

“Nós temos parcerias formadas com pequenos produtores rurais da região, entre 600 e 700 pequenos proprietários que participam desse programa, somando cerca de 25 mil hectares que também produzem madeira, compondo a produção em terras próprias. Essa é uma estratégia também de engajamento das comunidades, de oportunidade de geração de trabalho e renda para essas propriedades e também de conhecimento técnico, de uma alternativa àquela propriedade para que ela também seja produtiva”, conclui o assessor.

Confira a entrevista na íntegra:

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