Suzano aponta oferta e demanda apertadas e pretende reduzir variações bruscas de preço

Em coletiva à imprensa nessa sexta-feira, 28, executivos da Suzano observaram que há uma relação apertada de oferta e demanda por celulose nos mercados internacionais. No entanto, a projeção sobre os patamares de preços para o quarto trimestre é otimista.

Nesse cenário, a companhia não está satisfeita com a volatilidade de preços da commodity nos mercados globais, pois entende que a variação não é positiva para a empresa ou para seus clientes. Por essa razão, a produtora de celulose pretende tentar reduzir variações bruscas em 2023.

“O ambiente de volatilidade de preços não é bom para os clientes e para nós. Toda a cadeia está afetada por isso e nossa ambição é reduzir isso ao longo do tempo”, afirmou o presidente da Suzano, Walter Schalka. “Vamos trabalhar sobre isso no próximo ano, vamos ter esquemas como preço fixo, teto e piso, mas vamos proteger nossos preços quando o preço cair”, acrescentou o executivo.

De acordo com Leonardo Grimaldi, diretor de celulose da Suzano, a adição de novas capacidades de produção no próximo ano ainda não tem clareza, pois podem ocorrer paradas não programadas de manutenção e atrasos em projetos.

O executivo afirmou, ainda, que os estoques em portos da Europa e Ásia estão em níveis baixos, principalmente em fibra curta, o que colabora com a precificação da companhia, que tem buscado atender pedidos de clientes asiáticos após enfrentar atrasos nas entregas.

Nesse sentido, a Suzano não deve ampliar os estoques de celulose no final deste ano. Conforme Grimaldi, a companhia vê uma demanda consistente na Europa, Estados Unidos, América Latina e China, com um cenário de curto prazo positivo.

Nos próximos meses, o foco da empresa deve permanecer em integrar os ativos adquiridos no segmento de tissue da multinacional Kimberly-Clark, ampliando a presença da companhia nesse setor na região Sudeste.