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Suzano e IPE mapeiam biodiversidade do Cerrado com uso inédito de DNA ambiental e inteligência artificial

Estudo pioneiro em Mato Grosso do Sul já identificou 207 espécies silvestres e utiliza tecnologias como gravação acústica automatizada e análise genética para avaliar a funcionalidade de corredores ecológicos

A Suzano, produtora de celulose, em parceria com o Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPE), conduz um estudo inédito de monitoramento da biodiversidade no Cerrado de Mato Grosso do Sul. A iniciativa utiliza metodologias pioneiras no estado, como gravações acústicas automatizadas e análises de DNA ambiental (eDNA), que coletam material genético de moscas e mosquitos. Combinadas a recursos de inteligência artificial, essas ferramentas permitem identificar espécies da fauna regional e migratória, traçando um retrato detalhado dos ecossistemas locais.

“O uso de tecnologias como gravadores acústicos autônomos e análises de DNA ambiental (eDNA), coletados por meio do material genético encontrado em moscas e mosquitos, torna essa iniciativa pioneira no monitoramento da biodiversidade do Cerrado. Ao adotarmos diferentes metodologias, geramos informações inéditas sobre a fauna local, que serão fundamentais para mostrar a funcionalidade dos corredores ecológicos, essenciais para conectar fragmentos de vegetação nativa e restaurar áreas degradadas. A ação reforça o compromisso da Suzano com a proteção do Cerrado e com a conservação desse que é um dos biomas mais ricos e importantes do país, o Cerrado, e toda a sua rica fauna”, destaca Beatriz Barcellos Lyra, coordenadora de Sustentabilidade da Suzano.

Os resultados preliminares, divulgados no segundo semestre, já impressionam: foram identificadas 207 espécies de animais silvestres — 194 aves, 10 anfíbios e 3 mamíferos —, o que corresponde a cerca de 40% da biodiversidade prevista para a região, segundo o Sistema Global de Informações sobre Biodiversidade (GBIF). O estudo, que seguirá até o final de 2025, abrange cerca de 400 quilômetros do Cerrado, monitorando 176 pontos em áreas da Suzano e de terceiros.

As gravações, processadas com o modelo BirdNET, registraram sons de aves, mamíferos e insetos, revelando espécies como o lobo-guará, a anta, o mutum-de-penacho e o tamanduá-bandeira. Paralelamente, armadilhas confeccionadas com garrafas PET foram utilizadas para capturar moscas, que servem como “amostras vivas” de DNA analisadas pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).

Além de gerar conhecimento científico, o projeto apoia o plano de corredores ecológicos da Suzano, que desde 2021 busca conectar 500 mil hectares de áreas prioritárias até 2030 nos biomas Cerrado, Mata Atlântica e Amazônia. Até agora, já foram interligados mais de 157 mil hectares de fragmentos de vegetação nativa.

“A Suzano tem o compromisso de atuar de forma sustentável, com uma política rigorosa de zero desmatamento e práticas de manejo responsável em suas operações florestais. Além disso, a empresa possui ações voltadas especificamente para a restauração ecológica, fortalecidas pela criação dos corredores ecológicos dentro e fora das áreas da Suzano. Essas iniciativas reforçam nosso papel na conservação da biodiversidade”, acrescenta Beatriz.

Em Mato Grosso do Sul, a empresa mantém 1,136 milhão de hectares de áreas florestais, sendo 327 mil destinados exclusivamente à conservação da biodiversidade.

Fonte
Suzano
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