A Suzano registrou um aumento de 25% nas ocorrências de incêndio em suas florestas plantadas no estado do Espírito Santo. Entre janeiro e novembro de 2022, foram reportados 1.713 focos de incêndio, enquanto no mesmo período em 2023 soma-se 2.144 focos de incêndio. Segundo o Corpo de Bombeiros e a empresa, quase todas as queimadas são provenientes de ação humana.
Vale ressaltar que a Suzano ainda tem enfrentado problemas fundiários no norte do estado nos últimos anos, principalmente na região de São Mateus e Conceição da Barra. Segundo a coluna de Abdo Filho, para A Gazeta, a companhia lida com várias ocorrências de invasões, desmate ilegal e incêndios.
Nas últimas semanas, todos os dias são registrados entre 25 e 35 focos de incêndio, que somam o calor extremo e ventos fortes às ações criminosas – sendo o último o principal problema. Diante desse cenário, a Suzano deslocou recursos das operações no Maranhão para ajudar na região capixaba, trazendo 23 brigadistas, três caminhões-pipa e três caminhões com kit de incêndio para o primeiro combate.
Nesse contexto, no ano anterior, a operação florestal da Suzano no estado – cerca de 300 mil hectares, ou aproximadamente 10% do total de área florestal da companhia no país – foi responsável por 40% dos incêndios registrados pela empresa.
Apesar de ser uma porcentagem menor do total de florestas plantadas da companhia, o estado teve a maior incidência de ocorrências, ultrapassando estados como São Paulo e Mato Grosso do Sul, onde a empresa possui grandes operações florestais. Esse cenário gera preocupação quanto a investimentos futuros na área florestal do Espírito Santo, com o risco de afastar investidores, já que os incêndios tornam as operações mais onerosas.