O Brasil possui uma biodiversidade rica, que representa 20% da diversidade biológica mundial, sendo um dos maiores patrimônios do país. O desafio de integrar essa riqueza natural ao processo de desenvolvimento, incentivando a conservação e o uso sustentável das florestas, também representa uma oportunidade para o setor de papel e celulose.
A Suzano, maior produtora de celulose de eucalipto do mundo, é uma referência global no uso sustentável desses recursos, aderindo à estratégia da inovabilidade. Mariana Lisbôa, líder global de Relações Corporativas da empresa, explica: “Inovabilidade significa a junção entre inovação e sustentabilidade, pois acreditamos que esses dois pilares caminham juntos em direção a uma economia de baixo carbono”.
Segundo Mariana, a companhia tem utilizado o conceito de inovabilidade para se preparar para a economia de baixo carbono, como parte de sua missão.
A executiva participou de um painel promovido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), que abordou o papel das florestas e da bioeconomia na redução de emissões de gases de efeito estufa. Na ocasião, Mariana detalhou como a empresa tem se movimentado em relação à sustentabilidade.
“Nossa linha de atuação é investir em pesquisa e tecnologia para promover cada vez mais a redução de nossos impactos ambientais e garantir, em um eventual cenário adverso futuro, a manutenção da nossa produtividade”, comentou Lisbôa.
Ela ainda citou como exemplos os lançamentos da Suzano nos últimos anos, tal como o Eucafluff, sua tecnologia de celulose microfibrilada, e o desenvolvimento do Bio Óleo a partir do eucalipto.
No cenário internacional, Mariana avalia que o mundo tomou ações relevantes nos últimos anos, mas ainda insuficientes para atacar de forma decisiva o problema. “Precisamos finalizar a implementação do Acordo de Paris que, entre outras coisas, cria mecanismos de mercado para a mitigação das mudanças climáticas, uma solução fundamental”, observou a executiva.
A líder global de Relações Corporativas indica também que a discussão sobre justiça climática não foi exaurida. “Não se pode separar as questões sociais do todo, elas são parte do problema do aquecimento global e também parte da solução”, afirmou.
Por fim, a executiva comentou que o Brasil deu importantes passos na direção correta durante a COP26, porém, observa que há uma necessidade de acelerar esses movimentos, com urgência de concretizar o mercado de carbono, os compromissos internacionais e a priorização de políticas públicas que incentivem e assegurem essa transição.