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Suzano planeja expandir a produção de celulose no Projeto Cerrado

Megafábrica inaugurada em Ribas do Rio Pardo (MS) foi projetada para dobrar sua capacidade no futuro

Na última quinta-feira, 5, a Suzano inaugurou sua megafábrica de celulose no município de Ribas do Rio Pardo (MS) com a presença do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e de diversas autoridades. O empreendimento, denominado Projeto Cerrado, já em operação desde julho deste ano, é a maior planta industrial de celulose de linha única do mundo. Além disso, o projeto foi estruturado para permitir uma expansão futura, dobrando sua capacidade de produção.

Aires Galhardo, vice-presidente executivo da Suzano, explicou que a planta foi desenhada para abrigar uma segunda linha de produção, embora a expansão dependa da ampliação da base florestal e das condições de mercado. “Essa planta, o desenho dela e de como a gente posicionou os equipamentos, é um layout para duas plantas. Então, ela foi desenhada para duas plantas. Mas obviamente, quando a gente for fazer uma expansão, temos que fazer uma [ampliação da] base florestal antes, e as condições do mercado tem de estar adequadas para poder fazer isso”, afirmou.

Atualmente, a fábrica opera com uma capacidade de produção de 2,55 milhões de toneladas anuais. Com a expansão, a Suzano poderia atingir 5 milhões de toneladas anuais, o que exigiria cerca de 600 mil hectares de floresta plantada. Galhardo também ressaltou que o foco agora é estabilizar a unidade, sem discussões imediatas sobre a ampliação. “A gente precisa de mais ou menos 300 mil hectares de floresta plantada total para abastecer essa planta, dá uns 50 mil hectares por ano. A gente precisaria dobrar isso para o mesmo volume. [A fábrica] foi desenhada para isso, mas depende de condições de mercado. Mais à frente, se o mercado demandar mais celulose e entendermos que tem as condições para fazer, vamos fazer”, completou.

O governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, destacou o impacto positivo do setor de celulose no estado, que gera empregos e impulsiona o desenvolvimento de infraestrutura. “O setor de papel e celulose, de florestas plantadas, tem uma capacidade de gerar emprego de qualidade. Também tem a capacidade de ajudar no processo de investimento em infraestrutura e todas as consequências de um crescimento dessa ordem, que impõe ao Estado ações importantes, como educação, saúde e segurança pública nos municípios que sofrem esse tipo de impacto positivo”, afirmou.

O evento também contou com a presença de várias autoridades, como o vice-presidente Geraldo Alckmin, os ministros Renan Filho (Transportes), Rui Costa (Casa Civil) e Simone Tebet (Planejamento), além de representantes da Suzano, como o presidente do conselho de administração, David Feffer, e o CEO, Beto Abreu.

Em seu discurso, o presidente Lula ressaltou a importância do acesso aos bens produzidos pelas empresas no Brasil. “As pessoas precisam ter acesso aos bens que são produzidos por elas mesmas. É a economia que vai fazer o Brasil dar certo. Quero que todos tenham o mínimo necessário. Vamos entregar as empresas em plena produção com investimentos concretos”, afirmou.

Beto Abreu destacou o impacto da fábrica na geração de empregos: “É uma fábrica que emprega 3 mil pessoas, entre a parte florestal e a parte industrial. Gerou 10 mil empregos durante o tempo que ficou em construção, e esse é um processo dinâmico. Então, com certeza, mensalmente, nós vamos ter vagas sendo abertas nas mais diversas áreas para a população”. Durante o evento, o presidente da Suzano também ressaltou que o projeto gerou 45 mil postos de trabalho durante a construção da planta, que começou em 2021 e está instalada a cerca de 10 quilômetros de Ribas do Rio Pardo (MS).

Com um investimento total de R$ 22,2 bilhões, o projeto consolidou o Vale da Celulose, a maior área de plantio de eucalipto do mundo. O valor inclui R$ 15,9 bilhões destinados à construção da fábrica e R$ 6,3 bilhões para a formação da base de plantio e a logística de escoamento.

A ministra Simone Tebet, presente na cerimônia, enfatizou a importância econômica e ambiental do projeto. “Estamos inaugurando essa fábrica que é uma verdadeira revolução para a região. Aqui é o vale mundial da celulose”, finalizou.

Fonte
Notícias do Cerrado
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