Suzano recebe grande demanda de celulose do mercado chinês
Segundo Walter Schalka, presidente da Suzano, a companhia tem recebido uma demanda muito forte de produtores de celulose na China, que reduziram a produção para comprar de terceiros
De acordo com Walter Schalka, presidente da Suzano, a fabricante de celulose tem recebido uma forte demanda de produtores de celulose na China, que reduziram a produção para comprar de terceiros em meio aos preços baixos da commodity no mercado global. “O ajuste do mercado de celulose agora está se dando pela oferta, com empresas na China reduzindo produção e comprando celulose”, disse o executivo.
“Temos recebido muita demanda. Os estoques nos portos e nos clientes estão se ajustando”, acrescentou. Além disso, Schalka também ressaltou que em breve chegará o momento de reestocagem que deve ajudar a acelerar a recuperação dos preços.
Recentemente, a companhia anunciou um reajuste de US$ 20 por tonelada de celulose de fibra para a China, que entra em vigor a partir de setembro, o que elevou o valor da matéria-prima para cerca de US$ 550, afirmou o executivo. “Vamos voltar para um patamar adequado”, acrescentou se referindo aos preços da indústria global de celulose.
A Suzano está se preparando para a entrada em operação de sua nova fábrica de celulose, instalada no Mato Grosso do Sul, o Projeto Cerrado, que tem conclusão prevista para até junho de 2024. Schalka afirmou que a empresa vai operar a nova fábrica com “capacidade total”, o que deve pressionar os preços da celulose “no curto prazo” devido às novas capacidades que estão chegando no mercado, como as instalações no Chile e Uruguai, além da própria unidade nova da Suzano.
“Estamos tentando reduzir a diferença de preços da China com a Europa e achamos que temos condições de implementar”, disse Schalka sobre o aumento de preços anunciado na última , que incluiu reajuste de US$ 50 na Europa e Estados Unidos.
Segundo Schalka, a média histórica de preços da celulose nos últimos dez anos é de cerca de US$ 625 por tonelada, por isso, sua expectativa é de que o mercado passe por uma “fase mais benigna” para os produtores de celulose após o período de fechamentos de capacidade produtiva, das empresas que não conseguiram fazer seus custos acompanharem a queda nos preços do insumo, no entanto, ele não disse a partir de quando isso deverá ocorrer.
Até o momento, a indústria de celulose não tem projetos de novas capacidades entrando no mercado para além de 2025, disse o presidente da Suzano, lembrando que uma linha de produção é construída em pelo menos 30 meses.
