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Suzano tem prejuízo de R$ 3,7 bilhões no segundo trimestre, apesar de desempenho operacional positivo

A receita líquida da companhia alcançou R$ 11,49 bilhões entre abril e junho, alta de 25% frente ao mesmo período no ano passado

A Suzano registrou um resultado operacional positivo no segundo trimestre, tendo em vista os últimos reajustes nos preços da celulose, bem como crescimento no volume de vendas – principalmente de papel – e o câmbio favorável para as exportações. Contudo, a maior produtora global de celulose de mercado reportou um prejuízo líquido atribuído aos sócios da controladores de R$ 3,77 bilhões, ante lucro líquido de R$ 5,07 bilhões na comparação anual, em razão da desvalorização cambial na dívida em moeda estrangeira e na marcação a mercado de instrumentos derivativos.

Nesse contexto, a receita líquida da companhia alcançou R$ 11,49 bilhões entre abril e junho, alta de 25% frente ao mesmo período no ano passado e de 22% ante o trimestre imediatamente anterior. Por sua vez, o Ebitda (resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado aumentou 60%, para R$ 6,29 bilhões, com margem Ebitda ajustado de 55% na comparação ano a ano. Com menor custo caixa de produção de celulose, a margem subiu 12 pontos percentuais ante o ano anterior.

Desconsiderando as paradas para manutenção, o custo caixa da Suzano ficou em R$ 828 por tonelada, queda de 10% na comparação anual, embora 2% acima do primeiro trimestre de 2024.

O volume de vendas do segundo trimestre somou 2,88 milhões de toneladas, 3% acima do reportado no ano passado. Desse total, 2,55 milhões de toneladas produzidas foram de celulose, crescendo 1% acima ante o mesmo período em 2023, enquanto o volume de papel alcançou 333 mil toneladas, com alta de 13%.

Com menores desembolsos em razão da proximidade do início da operação do Projeto Cerrado, a geração de caixa operacional mais que dobrou, para R$ 3,5 bilhões, enquanto os investimentos caíram 37%, para R$ 3,96 bilhões, durante o período. Em junho, a alavancagem financeira estava em 3,2.

“Foi um trimestre muito forte, fruto da melhoria de preços da celulose, com demanda bastante robusta na Europa e nos Estados Unidos, e alguns desafios na China”, afirmou Beto Abreu, novo presidente da Suzano. Com preços mais elevados da celulose e o benefício do câmbio desvalorizado nas exportações, o processo de desalavancagem financeira da Suzano começou antes mesmo da entrada em operação da nova fábrica, acrescentou.

Fonte
Valor Econômico
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