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Transformação digital impulsiona eficiência e reduz custos na Veracel

Em 2022, a empresa investiu cerca de R$ 20 milhões em 100 projetos que apoiaram a estratégia de transformação digital da companhia

Em 2022, a Veracel investiu cerca de R$ 20 milhões em 100 projetos que apoiaram a estratégia de transformação digital da companhia, para que a fábrica de celulose em Eunapólis (BA) permaneça sendo um ativo de classe mundial em termos de eficiência.

A empresa, proveniente da joint venture entre a Suzano e a finlandesa Stora Enso, prevê mais de R$ 5 milhões em investimentos para 2023, com intuito de otimizar recursos utilizando tecnologias que combinam inteligência artificial, coleta de dados e mobilidade em toda sua operação.

De acordo com Caio Zanardo, diretor-presidente da empresa, embora seja possível realizar uma futura expansão de capacidade, o foco, por enquanto, está na proteção do ativo atual. “Ter maior controle sobre as operações tem nos mostrado caminhos que não estavam visíveis e vemos oportunidades para mais captura de ganhos”, afirmou o executivo.

Nesse sentido, o custo caixa da empresa tem recuado, sendo um dos principais indicadores no processo de produção de celulose. Exemplo de como esses projetos afetaram a companhia, apenas com a melhoria no forno de cal e substituição do gás natural como combustível, houve um ganho de quase R$ 8 por tonelada de celulose.

Com o aumento de custos observado no setor durante este ano – como gás natural e energia, além da inflação – a implementação da estratégia da empresa se apresentou ainda mais oportuna. “Com esses projetos, conseguimos mitigar parte da pressão”, explicou Zanardo.

PROJETOS

Uma das iniciativas da Veracel inclui a instalação de 1,2 mil sensores em toda a fábrica, a fim de coletar informações em tempo real sobre as operações e antecipar eventuais intercorrências. Segundo Caio, o monitoramento on-line feito a partir de uma sala central de confiabilidade e traz previsibilidade.

Já na área florestal, as novas tecnologias aumentaram em 30% a produtividade da colheita, com ganhos em eficiência. Além disso, no viveiro de mudas, o uso de inteligência artificial e “big data” impulsionaram em 18% de melhoria de produtividade.

Para o diretor-presidente da companhia, a Veracel também tem avaliado oportunidades para geração e venda de energia, buscado entender quais são seus potenciais novos mercados, como, por exemplo, o de créditos de carbono. Nesse contexto, a empresa possui mais de 6 mil hectares de florestas nativas preservadas com a Estação Veracel, a maior reserva particular do patrimônio natural de Mata Atlântica no Nordeste.

Hoje, a companhia ainda tem em curso um projeto de implantação de uma nova rodovia, a BA-658, e a construção de uma nova ponte sobre o rio Jequitinhonha, mediante investimentos de R$ 95 milhões.

Fonte
Valor Econômico
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