UPM tem resultado recorde em 2022, com Ebit 42% maior
Segundo a companhia, os preços de venda aumentaram em todas as áreas de negócio e mais do que compensaram o impacto negativo dos custos variáveis mais elevados
Em 2022, a UPM alcançou resultados recordes. As vendas da companhia aumentaram 19%, para 11,72 milhões de euros, enquanto o Ebit comparável cresceu 42%, para 2,9 milhões de euros.
Já no quarto trimestre, a empresa registrou uma alta de 21% nas vendas, chegando a 3,23 milhões de euros, com o Ebit avançando 42%, para 653 milhões de euros.
Segundo a companhia, os preços de venda aumentaram em todas as áreas de negócio e mais do que compensaram o impacto negativo dos custos variáveis mais elevados.
“2022 foi um ano crucial para a UPM. Entregamos vendas e ganhos anuais recordes, impulsionados pelo sucesso em todos os nossos negócios. Ao mesmo tempo, nossos projetos transformadores de crescimento prosseguiram conforme planejado, preparando-se para entregar crescimento já neste ano. Essa conquista notável mostra a resiliência da UPM em um ambiente excepcional marcado por alta inflação, a guerra da Rússia na Ucrânia e a crise de energia na Europa. Esses desafios foram enfrentados com agilidade comercial e operacional. Tenho muito orgulho da empresa e de todos os UPMers”, declarou Jussi Pesonen, presidente e CEO da UPM.
Para o executivo, os resultados do quarto trimestre também foram excelentes. “O trimestre foi o segundo melhor de todos os tempos para a empresa, perdendo apenas em comparação com o trimestre anterior”, comentou Pesonen.
Analisando a relação dívida líquida sobre Ebitda, a UPM alcançou um bom patamar, de 0,94. Além disso, os fundos de caixa e as linhas de crédito comprometidas não utilizadas no final do ano totalizaram 6,4 bilhões de euros. Dessa forma, a posição financeira da empresa é muito forte.
Segundo o CEO, na maioria dos negócios, as margens continuaram a melhorar mesmo após o forte recorde do terceiro trimestre. Como resultado, os preços e as margens no quarto trimestre atingiram níveis recordes.
Nesse sentido, os resultados trimestrais da UPM Fibres refletiram os altos preços da celulose, mas foram impactados pelo aumento dos custos de insumos e pela parada para manutenção da fábrica de celulose UPM Fray Bentos no Uruguai.
“Nosso grande projeto de investimento no Uruguai está em fase de conclusão. O terminal de celulose de Montevidéu foi inaugurado em outubro e a construção da fábrica de celulose Paso de los Toros foi finalizada na virada do ano. A fábrica está agora solidamente no caminho certo na fase de comissionamento e o start-up ocorrerá até o final do primeiro trimestre”, acrescentou o presidente da companhia.
Conforme explica o executivo, o nível de custo de caixa de aproximadamente US$ 280 por tonelada de celulose entregue tornará a unidade uma das fábricas de celulose mais competitivas do mundo e aumentará a produção de celulose da UPM em mais de 50%, para 5,8 milhões de toneladas por ano.
PERSPECTIVAS PARA 2023
A UPM alcançou ganhos recordes em 2022 e espera que 2023 seja outro ano de forte desempenho financeiro.
É esperado que os volumes de entrega da UPM se beneficiem do ramp-up da fábrica de celulose UPM Paso de los Toros. No início do ano, no entanto, a avaliação é de que a demanda por muitos produtos UPM seja contida devido à redução de estoque em várias cadeias de valor de produtos. A abertura da economia chinesa dos bloqueios do Covid-19 e a redução da inflação em outras economias importantes representam potencial para aumentar a demanda à medida que o ano avança.
“O ano começou com alto nível de custo de muitos insumos, enquanto a menor demanda pressiona os preços dos produtos. No entanto, vários custos de insumos também ultrapassaram seu pico. A UPM continuará a administrar as margens com preços de produtos, otimizando seu produto e mix de mercado e tomando medidas para melhorar a eficiência de custos fixos e variáveis”, acrescentou Jussi Pesonen.
“Existem incertezas significativas, tanto positivas como negativas, nas perspectivas para 2023, relacionadas com a economia europeia, chinesa e global, a guerra da Rússia na Ucrânia, os efeitos remanescentes da pandemia, os preços da energia e a respetiva regulamentação na Europa”, concluiu o executivo.