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Veracel tem índice médio anual de reciclagem de resíduos industriais próximo a 99%

Na última década, a companhia aumentou em 30% o índice de reaproveitamento de resíduos para desenvolvimento de outros produtos e energia limpa

Na última década, a reciclagem de resíduos industriais da Veracel Celulose aumentou cerca de 30%, atingindo índices médios anuais próximos a 99%. O reaproveitamento gera energia e insumos para a fabricação de produtos diversos, como argamassa e materiais usados na adubação e na correção do solo

A empresa foi pioneira no país ao iniciar suas operações em conjunto com uma unidade de tratamento de resíduos sólidos, desenvolvendo diversas iniciativas de reaproveitamento de resíduos em toda a cadeia de produção.

Tarciso Matos, coordenador de Meio Ambiente da companhia, destaca que a busca por oportunidades de melhoria de reaproveitamento de resíduos é um processo constante na empresa. “O esforço para encontrar novas soluções viáveis, que envolvem criatividade e pesquisa. Exige um trabalho perene da nossa equipe”, afirmou o coordenador.

RESULTADOS ANUAIS DE RECICLAGEM CHEGAM A 99%

De 2012 para 2022, a Veracel alcançou resultados anuais de reciclagem próximos de 99%, sendo que aumentou o índice de reaproveitamento de resíduos em cerca de 30% nesse período. Os índices médios anuais de reciclagem da empresa ficaram acima de 98% desde 2017, sendo que, em 2019 e 2020, foram superiores a 99%. No ano passado, a empresa obteve 100% de reaproveitamento de resíduos durante quatro meses: junho, setembro, outubro e novembro.

Nesse sentido, um dos principais destinos dos resíduos de fabricação de celulose é o aproveitamento nas áreas florestais próprias da companhia e em estabelecimentos de produtores parceiros. Os insumos são usados também para ações de recuperação de matas nativas feitas pela companhia. Esses resíduos podem ser divididos em dois tipos: orgânicos e minerais.

RECICLAGEM DE RESÍDUOS ORGÂNICOS

Os resíduos orgânicos – cascas de eucalipto e lodo biológico da estação de tratamento de efluentes da empresa – são ricos em matéria orgânica, fósforo e nitrogênio. Por isso, são transformados pela empresa em adubo orgânico. Cerca de 1.500 toneladas/mês de adubo orgânico são vendidas a preços competitivos.

RECICLAGEM DE RESÍDUOS MINERAIS

Os resíduos minerais são ricos em carbonato de cálcio e por isso são utilizados como corretivo de acidez de solo – 100% das áreas de plantio da companhia utilizam o corretivo de acidez de solo oriundo dos resíduos calcários da fábrica de celulose. Cerca 1.500 toneladas/mês de corretivo de acidez de solo são utilizadas nos plantios de eucalipto da empresa. O excedente é comercializado com os produtores agrícolas da região – cerca de 1.000 toneladas/mês.

“Trata-se de um processo consolidado na empresa desde 2008. A madeira que sai da floresta, que tem cálcio e magnésio em sua composição, vem para a Veracel, é processada e transformada em celulose. Parte desses nutrientes se transformam em resíduos que são processados e voltam para a floresta como fertilizantes. É quase como um circuito fechado”, explicou o engenheiro agrônomo Helton Lourenço, coordenador de Manejo Florestal da companhia.

Esse processo tem forte apelo ecológico, porque significa menos caminhões nas rodovias transportando o material e menos exploração de jazidas de calcário. “É um produto mais sustentável, porque reciclamos nossos próprios resíduos, não mandamos nada para aterro e devolvemos para a floresta parte do que foi exportado com a madeira”, afirmou Helton.

RECICLAGEM DOS RESÍDUOS DE AREIA

Em 2021 foram feitos testes de peneiramento que comprovaram a possibilidade de retornar cerca de 60% dos resíduos de areia para a própria caldeira. No ano passado, a empresa iniciou testes com a utilização desse material na fabricação de argamassa e desde esse período parte do resíduo de areia vem sendo utilizado por uma fábrica de argamassa local.

GERAÇÃO DE ENERGIA A PARTIR DE RESÍDUO

A empresa também utiliza resíduos que existem em abundância em seu território de atuação para gerar energia limpa que é utilizada na fábrica. Tem, por exemplo, uma operação consolidada na transformação de caroço de açaí e bagaço de cana de açúcar em energia. Além disso, segue estudando novas fontes de biomassa, como fibra do coco e cascas de cupuaçu.

“A ampliação do uso desses resíduos como biomassa para gerar energia é um exemplo de como as indústrias podem minimizar os impactos de sua operação sobre o meio ambiente. Além de otimizar custos e diminuir o descarte de produtos na natureza, contribui para a nossa operação e para uma economia regional sustentável”, afirmou o diretor industrial da Veracel Celulose, Ari Medeiros.

Fonte
Veracel
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