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Suzano amplia base florestal em MS para abastecer o Projeto Cerrado

Com uma área plantada de eucalipto em MS que deve se aproximar de 300 mil hectares nos próximos meses, a companhia garantirá o abastecimento de sua nova fábrica de celulose no estado

Com uma base fundiária formada e uma área plantada de eucalipto que deve chegar próximo a 300 mil hectares nos próximos meses, a Suzano está preparada para abastecer as operações do Projeto Cerrado, sua nova fábrica de celulose em Ribas do Rio Pardo, no Mato Grosso do Sul que recentemente teve seu start-up adiado para o mês de julho.

Estima-se que entre 2029 e 2031, a nova planta da Suzano opere próximo da autossuficiência em madeira. Dos R$ 22,2 bilhões investidos na nova fábrica de celulose, R$ 6,3 foram destinados às operações logística e florestal da empresa.

“As fazendas de eucalipto que vão abastecer Cerrado criam uma nova referência mundial de competitividade em custo de madeira”, disse Carlos Aníbal de Almeida, diretor de Operações Florestais, Logística e Suprimentos da Suzano.

A nova fábrica de celulose da Suzano produzirá 2,55 milhões de toneladas por ano e deve se tornar a mais competitiva do mundo em custo caixa de produção.

Em relação â madeira, os ganhos da companhia se dão a partir da combinação de produtividade florestal, custos menores de colheita e a distância média entre linha de produção e florestas – raio médio – reduzida, pois tem apenas 65 quilômetros.

Além disso, o uso de hexatrens – carretas com seis semirreboques, uma inovação no setor florestal – e a abertura de estradas próprias para a utilização dos veículos que transportam até 200 toneladas também deve contribuir. Dos quase 400 quilômetros de vias construídas pela Suzano para o transporte de madeira, 100 quilômetros foram destinados à circulação desses caminhões.

Segundo Aníbal, o principal desafio nesse sentido tem sido a escassez de mão de obra para atuar no cultivo das florestas. “O estado vive o pleno emprego, há escassez de mão de obra. Temos investido em programas de treinamento, desenvolvimento e qualificação para superar esse desafio”, afirmou o executivo.

Ainda segundo o diretor, para garantir o plantio suficiente de eucalipto, a Suzano investiu R$ 100 milhões em viveiros próprios, com uma nova estrutura montada em Ribas do Rio Pardo (MS) e a ampliação de outros já instalados nos municípios de Campo Grande (MS) e Três Lagoas (MS), além de parcerias estratégicas para produção de mudas.

No Brasil, a Suzano planta 1,4 milhão de mudas diariamente, com participação relevante da região do Cerrado, o que contribuiu para que, no ano passado, Mato Grosso do Sul se consolidasse como o segundo maior estado brasileiro em área de florestas cultivadas em 2023 – à frente de São Paulo e atrás de Minas Gerais.

Fonte
Valor Econômico
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